Produção

Colheita da cebola se encaminha para o final

Já foram comercializadas mais de 35 mil toneladas da hortaliça em São José do Norte, Rio Grande e Tavares

Foto: Divulgação - DP - Municípios da região concentram grande parte da produção

A colheita da cebola nos municípios de São José do Norte, Rio Grande e Tavares está praticamente concluída. O litoral Sul, tendo São José do Norte como maior produtor, é a principal região produtora do tubérculo no Estado, com área próxima a 2,5 mil hectares cultivados na safra 2023/2024.

O extensionista do Escritório Regional da Ascar/Emater-RS Pelotas, o engenheiro agrônomo Cesar Demenech, explica que a produção de cebola no Estado, destinada ao abastecimento nacional, está concentrada nos três municípios da região sul do Estado. “Os agricultores destes três municípios plantaram, na presente safra, cerca de 2.350 hectares de cebola, o que representa mais de 50% de toda a área cultivada no Rio Grande do Sul”, salienta.

Na safra 2023/2024 houve redução na produção em relação à expectativa inicial que era superior a 50 mil toneladas, com perdas consolidadas entre 30% a 40% em relação ao esperado inicialmente. “Embora esta perda média, houve casos de perda total das lavouras ocasionada pelas condições climáticas adversas como chuvas excessivas e enchentes causadas pelo fenômeno El Niño”, ressalta.

Demenech ressalta que os prejuízos às famílias que trabalham com a cultura da cebola ocorreram de duas formas. A primeira, pela redução do volume colhido e na outra pela perda no valor, devido ao tamanho dos bulbos. “O mercado comercial da cebola paga o melhor preço para a cebola Classe 3 (tipo caixa 3) e nesta safra, há maior produção de bulbos fora deste padrão”, salienta.

Os preços iniciais, para a cebola Classe 3 (caixa 3) giraram entre R$ 2,50 a R$ 4,00 por quilograma, porém logo se acomodaram na faixa de R$ 2,00 por quilo. Já aquela que não está no padrão do mercado Classe 3 (caixa 3), o preço reduz em 50%, girando em torno de R$ 1,00 por quilo nesta safra, explica.

Do total colhido nestes três municípios já foram comercializadas 35.864 toneladas, sendo 28 mil de São José do Norte, quatro mil de Rio Grande e 3.864 toneladas de Tavares. Os preços máximos, entre R$ 2,50 e R$ 4,00, ocorreram no início da safra e por pouco tempo, diz o agrônomo. “Tradicionalmente, quando uma safra de cebola apresenta bons resultados econômicos, ocorre a tendência de aumento da área plantada na próxima safra”, diz. Com a frustração da expectativa inicial ele acredita que pode ocorrer redução na área a ser cultivada na safra 2024/2025.

São José do Norte

De acordo com o extensionista da Emater São José do Norte, Pedro Farias, a colheita está praticamente concluída, chegando a 95%. Segundo ele, o preço reagiu um pouco, na última semana, cotado em R$ 3,00 o quilo da “caixa 3”, de maior tamanho e R$ 1,50 a “caixa 2”. Ele ressalta ainda que houve perdas importantes na cultura, por causa do clima.

Rio Grande

Em Rio Grande, o extensionista da Emater Rio Grande, Rogerio Soares Silveira, ressalta que a colheita está praticamente concluída, em torno de 98% da área colhida, restando apenas algumas pequenas lavouras. O Município foi responsável por uma área total de 220 hectares, mas foram registradas perdas de 40% na produção e também na qualidade dos bulbos. Segundo Silveira, parte deste produto é destinada ao abastecimento do mercado regional.

Estado

A cebolicultura é cultivada 100% em propriedades com agricultura familiar. A produção na última safra foi de 156 mil toneladas. São 6.081 hectares dedicados ao cultivo em 355 municípios gaúchos. Quase 90% da produção da hortaliça se concentra em 30 municípios, das duas principais regiões produtoras: o Litoral Sul e a Serra. São José do Norte é o maior produtor gaúcho. Na região Sul, há cultivos ainda em Canguçu, Pelotas, São Lourenço do Sul, Turuçu, Morro Redondo, Herval, Jaguarão, Cerrito, Santa Vitória do Palmar, Chuí, Pinheiro Machado e Amaral Ferrador.

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