Projeção
Emater divulga estimativa à safra de grãos de inverno no RS
Expectativa é de uma produção superior a 5,62 milhões de toneladas e área 1,97 milhões de hectares, queda de 12,81% e 0,7% respectivamente
Foto: Volmer Perz - DP - Expectativa é de uma segunda maior safra da história no Estado
A safra de grãos de inverno 2023 no Rio Grande do Sul (aveia branca, canola, cevada e trigo) foi estimada com produção total de 5.625.889 toneladas e área de 1.973.903 hectares, queda de 12,81% e 0,7% respectivamente. A estimativa se baseia na intenção de plantio dos produtores dos municípios atendidos pelas 12 regionais da empresa no Rio Grande do Sul e com base nas produtividades médias dos últimos anos de cada região.
A regional Pelotas se destaca pelo cultivo do trigo, que deve chegar a 19.677 hectares, incremento de quase 20% e produção estimada superior a 49 mil toneladas. Nos demais grãos, a regional deve cultivar 2.480 hectares de aveia branca e 270 hectares de canola. A produção total é estimada em 3.712 toneladas de aveia branca e 567 toneladas de canola.
No Estado, com intenção de plantio de 1.505.704 hectares e produção estimada em 4.548.934 toneladas, a safra de trigo pode ser a segunda maior safra de trigo da história. Há reduções na área, de 1,5% e na produção, de 14%. Os números foram apresentados, na tarde de ontem, durante transmissão pela internet, da sede da Emater, em Porto Alegre. Participaram o diretor técnico da Emater/RS, Claudinei Baldissera, a presidente da Emater/RS, Mara Helena Saalfeld, e o secretário adjunto da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural (SDR), Lindomar do Carmo Moraes. O levantamento foi realizado em maio e abrangeu 382 (98,3%) municípios gaúchos produtores de trigo.
Clima e custos
"Como fator positivo, podemos citar a queda dos preços dos insumos, em relação ao cultivo anterior, e, como negativo, o El Niño, com possibilidades de chuvas mais acentuadas previstas para a época de colheita desses grãos", avalia Baldissera, ao sugerir aos produtores um olhar especial sobre a previsão de suas lavouras, recorrendo ao seguro agrícola de pelo menos uma fração da lavoura. As projeções climáticas indicam um super El Niño, complementou o meteorologista da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), Flávio Varone.
"Altos volumes de chuva estão previstos para o segundo semestre deste ano, a exemplo das safras de 2015 e 2016, que causou danos e prejuízos, com cheias e inundações", antecipa Varone. As consequências podem ser prejuízos no desenvolvimento das lavouras de inverno, especialmente no fim do ciclo e durante a colheita, podendo inclusive atrasar o início do plantio das culturas de verão.
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