Fruticultura

Está aberta a colheita da uva em Pelotas

Expectativa é de colher 1.185 toneladas nesta safra que se estende até o mês de março

Jô Folha - Produtor Dirceu Kurz espera colher 120 toneladas da fruta

Por Luciara Schneid
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O produtor Dirceu Nunes Kurz abriu sua propriedade, localizada na Colônia Santa Helena, 8º distrito de Pelotas, neste sábado, para a 13ª Abertura Oficial da Colheita da Uva. O produtor, que cultiva três hectares das variedades Niágara rosa e branca e Bordô, calcula a produção de 120 toneladas da fruta. Em Pelotas, a cultura reúne 56 famílias, que juntas cultivam 51 hectares de parreiras. A expectativa é de colher 1.185 toneladas no município, segundo a Emater.

A colheita na propriedade teve início nos primeiros dias deste mês e deve se estender até o início do mês de março. A fruta da variedade Niágara é destinada ao mercado de mesa e a Bordô para a produção de suco e vinho. Para Kurz, ao contrário de outras culturas, a estiagem ajudou na qualidade da fruta, que está mais doce este ano, além de reduzir problemas como os fungos.

Por usar tecnologias como a irrigação por gotejamento, a estiagem pouco afetou os três hectares de pomares da propriedade, ao contrário do pêssego, fruta também cultivado pela família, e que no geral, teve queda de 45%, diz.

Segundo ele, o mês de janeiro foi mais seco. Nesta semana, na quarta-feira, foram registrados 40 milímetros de chuva na localidade, o que já melhora ainda mais, a situação dos pomares. “A irrigação ajuda, mas nada como a chuva”, diz.

Os visitantes puderam saborear as uvas produzidas na propriedade e ainda, adquirir a fruta para levar para casa. Na chegada, eram recepcionados pela rainha Tamires Göeber Mattozo, de 19 anos, e pela princesa Diana Bohrer, 19. Eleitas em 2020, elas são filhas de produtores. “Na nossa casa, a produção se dá mais para o consumo da família, além do preparo de geleias, sucos, doces, cucas, bombons, entre outras delícias com a fruta”, contam.

De acordo com o gerente regional adjunto da Emater RS, Jair Seidel, e o chefe do escritório municipal da Emater Pelotas, Francisco Arruda, o objetivo do evento além de dar publicidade ao trabalho que está sendo feito pelas instituições com a cultura, é incentivar e aumentar o consumo da fruta, que tem excepcional qualidade.

“Pelotas foi no passado um grande produtor de uvas, que ao longo do tempo deixou de ter importância, migrando para outras regiões, como a Serra”, diz Seidel. A partir de 2005, a Emater, junto com a universidade e a Embrapa resolveram resgatar esta produção, utilizando o que se tem de melhor em tecnologia, conta.

Ao todo 56 famílias se dedicam à atividade, obtendo melhor produtividade e frutas de excelente qualidade, ressalta. “Na comparação com a fruta de outras regiões possui qualidade semelhante”, garante. A prioridade da assistência técnica se volta à produção de uvas para mesa, com crescimento controlado tanto na área quanto no número de produtores, para se adeque ao mercado consumidor, explica.

“Nossa diretriz busca a diversificação de cultivos nas pequenas propriedades e a uva tem se mostrado uma excelente alternativa, com grandes produções em áreas pequenas”, ressalta. E para auxiliar a comercialização, a exemplo do morango e do pêssego, foi realizada de 30 de janeiro a 12 de fevereiro, a Feira Municipal da Uva, com comercialização direta do produtor ao consumidor, em bancas no centro e nos bairros.

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