Evento
Casa do Tambor estreia projeto de circulação
O Baile da Tamborada tem cinco municípios confirmados no seu roteiro de apresentações e uma cidade ainda em estudo
Mari - Grupo levará 14 tambores para as apresentações
Os tambores de Pelotas vão ecoar em seis municípios do Estado a partir deste sábado (11). O projeto de circulação intitulado O Baile da Tamborada, iniciativa da Casa do Tambor, estreia em Cidreira em um evento que vai reunir música e economia popular. O projeto tem financiamento do Pró-Cultura, por meio do edital Artes do Espetáculo da Secretaria de Estado da Cultura (Sedac-RS). A realização é da TriBom Produtora.
O espetáculo na praia de Cidreira ocorrerá das 17h às 21h, na avenida do Arroio, 1.015, em frente ao Ponto de Cultura Flor da Areia. O projeto passará pelas cidades de Rio Grande, na acolhida dos alunos da Fundação Universidade do Rio Grande (Furg), Caxias do Sul e Encantado (no Festival Canto da Lagoa). O encerramento está marcado para o dia 16 de abril, na praça da Redenção em Porto Alegre. "Ainda ganhamos mais uma cidade, mas estamos estudando qual vai ser contemplada. Porque tem algumas cidades que já têm a ver com o meu trabalho", fala o líder da Casa do Tambor, o músico Kako Xavier.
Os eventos O Baile da Tamborada são gratuitos e o grupo de artistas se apresenta em um tablado, mantendo a proximidade com o público. "Vamos com toda a estrutura, a cidade nos recebe colocando um tablado". O Baile levará aos shows 32 pessoas, entre músicos, bailarinos e técnica, além de figurinos e cenários. De acordo com Xavier, dançam no show quatro dançarinos do CTG Coronel Thomas Luiz Osório e quatro dançarinos envolvidos no projeto Tamborada, que apresentam coreografias de dança afro.
Gaita e música praieira
Xavier explica que o Baile da Tamborada é um show realizado em um evento de rua para agregar representantes da economia criativa de cada lugar. "Vai ter uma área com bancas de artesanatos, bebidas, comidas da cidade que a gente está." Apesar das outras atrações, o músico fala que o espetáculo de uma hora e meia é o ponto alto do evento. "A gente tenta dar esse protagonismo pro baile, inclusive para que as pessoas dancem, como se estivessem dentro de um CTG", fala.
No repertório estão composições de Kako Xavier, algumas consagradas em festivais regionais. A banda que acompanha o músico é formada por bateria, baixo, gaita, trombone e percussão, além de 14 tambores, com destaque para os praieiros e os sopapos. "Estamos levantando essa bandeira: esses são os tambores gaúchos, que representam o povo negro do estado através das suas sonoridades. Assim como existem os tambores do Rio de Janeiro, da Bahia, do Amapá, o Rio Grande do Sul também tem seus tambores e O Baile apresenta eles para quem não conhece", comenta.
O artista ainda destaca que a proposta é ir além de montar um evento em cada cidade, "é plantar uma semente". "O Baile da Tamborada é uma fértil semente, estamos considerando assim para que a gente consiga ter discussões o ano inteiro sobre a presença e importância do povo negro gaúcho e, como é ampla a sua participação na tradição do RS. Nós nos entendemos como um grupo gaúcho que mostra as nossas tradições e não somente o tradicionalismo", revela.
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