Espetáculo
Ospa apresenta Os Bacharéis em Pelotas nesta sexta-feira
Opereta será encenada no auditório do Sicredi em homenagem aos 150 anos da Associação Comercial de Pelotas
Foto: Leandro Rodrigues - Especial DP - Texto de Simões Lopes Neto faz uma crítica a hipocrisia social
Montada pela primeira vez no final do século 19 a opereta Os bacharéis, escrita em parceria entre João Simões Lopes Neto e José Gomes Mendes, está de volta aos palcos numa montagem da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa), fundação vinculada à Secretaria de Estado da Cultura (Sedac). O espetáculo, que estreou no último sábado, será apresentado nesta sexta-feira (8) em Pelotas, às 20h30min, no auditório do Sicredi, em uma homenagem aos 150 anos da Associação Comercial de Pelotas (ACP). Os ingressos para essa apresentação já estão esgotados.
Esta comédia-opereta, apresentada originalmente em 1894, portanto há 129 anos, teve a sua última montagem em 2005. A obra, que combina o texto falado com o canto, é uma crítica a hipocrisia e os costumes conservadores da sociedade pelotense daquela época. O diretor cênico do projeto, Marcelo Ádams, que interpretou o protagonista Cincinato há 18 anos, conta que a referência principal é o texto de Simões Lopes Neto. "Toda a criação se dá em torno a Pelotas do século 19, a nossa cenografia homenageia os famosos casarões e o figurino também remete à época, tudo foi pensado com muito carinho para a gente estar aqui nesta comemoração", conta.
Pelotas vai receber a mesma montagem apresentada no último final de semana na capital, com o elenco, formado pelos cantores: Flávio Leite, Sérgio Sisto, Henrique Cambraia, Felipe Bertol, Elisa Machado, Guilherme Roman, Roger Nunez, Cristine Guse, Carolina Braga, Ricardo Barpp, Oséas Duarte e Izabella Domingos. A opereta tem três atos, porém dois são unidos. "Nós temos um único intervalo e ela tem aproximadamente duas horas e meia de duração. O elenco é muito bom, eles estão desempenhando muito bem", comenta o diretor artístico e maestro da Ospa, Evandro Matté.
Texto histórico
A escolha pelo título de Simões surgiu durante uma conversa com a diretora de Projetos Especiais da ACP, Mara Casa, e a secretária de Estado da Cultura, Beatriz Araujo. "Nós lembramos que esse era um título de importância do ponto de vista histórico, com o texto de Simões Lopes Neto", relembra o maestro. A ideia inicial é que o espetáculo fosse apresentado na reinauguração do Sete de Abril, mesmo com o adiamento da reabertura do teatro a realização da montagem foi mantida.
O maestro conta que por alguns anos a ópera não esteve tão presente nos projetos da Ospa, mas desde que assumiu esta entidade, em 2015, o diretor artístico se propôs a fazer ao menos duas montagens operísticas do ano. "Ficamos com uma média de dois por ano, mas vamos ampliar para o ano que vem. Vale a pena, a gente vê a reação do público, os espetáculos estão sempre lotados e ópera é algo maravilhoso, todos os elementos das artes estão presentes", diz.
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