Comércio
Migração comercial deixa imóveis desocupados
Vários pontos comerciais permanecem disponíveis para aluguel na área central da cidade
Foto: Carlos Queiroz - DP - Em Pelotas, diversos imóveis da zona central continuam desocupados
Por Maria da Graça Marques
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A migração comercial não é nova em Pelotas, a exemplo do que ocorre em muitas outras cidades. Isso justifica a existência de tantos imóveis comerciais disponíveis com placas de “aluga-se”, segundo o diretor do Secovi Zona Sul - Sindicato da Habitação, Rafael Morales.
A época do ano também deve ser levada em conta. “É de pouca procura”, sintetiza Morales, lembrando que muitos empresários começam agora a fazer investimentos para os próximos meses. “As empresas começam a ser organizar”, completa.
Para esses empresários, a dica de Morales é que busquem o imóvel que mais se adapte ao seu perfil de negócio, de acesso fácil. Hoje, a forte concorrência para a área central de Pelotas são os novos empreendimentos que mesclam moradias a unidades voltadas a comércio e serviços, em projetos inovadores, explica o empresário.
Como exemplo, Morales cita o Parque Una e o Bairro Quartier - o primeiro com 300 salas comerciais entregues e o segundo com outras 70. “É um processo de migração muito grande”, reitera Morales. Muitos dos empreendimentos que ocupavam galerias na área central estão se instalando neles.
E os preços não influenciam nas negociações? Morales diz que eles estão estáveis, com pequena variação - menor que a do ano anterior. Em 2021, o IGP-M anual, que regula os preços dos aluguéis, inclusive os comerciais, ficou em mais de 17%, enquanto em 2022 alcançou menos de 6%. “Um terço de 2021”, alertou Morales.
Para o presidente do Secovi Zona Sul - Sindicato da Habitação, Sérgio Cogoy, essa pode ser considerada a “entressafra” dos aluguéis comerciais, fato que ocorre anualmente após a virada do novo ano. Neste ano, no entanto, o momento político-econômico trazido pelos novos governos federal e estadual soma-se ao fato anual de mercado, que reflete o desempenho do Natal.
Mais do que nunca, os empreendimentos são levados para áreas com mais atrativos, como são os shoppings, lembra Cogoy. A facilidade de estacionamento é um deles, concorda o presidente.
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