Um dos adversários do Pelotas no grupo B da Série A-2, que começa em abril, o Aimoré tenta se reerguer. A temporada passada teve rebaixamento no Gauchão e eliminações precoces na Série D do Brasileirão e no Troféu Rei Pelé, além de problemas financeiros e administrativos. Agora, o clube de São Leopoldo junta os cacos para iniciar a tentativa de retornar à elite estadual. 

Desde julho, o presidente é Paulo Costa, velho conhecido nos bastidores do Índio Capilé. O atual mandatário foi alçado ao cargo após a renúncia de Sandro Borowski. Ao Diário Popular, o dirigente diz ter reassumido o Aimoré em situação “bastante conturbada”. Apoiado pela Prefeitura de São Leopoldo, o time do estádio Cristo Rei contratou como técnico o ex-meia Arilson Costa para buscar o acesso. 

“Ao longo desse tempo [quase sete meses de gestão] a gente tem trabalhado, conseguindo botar algumas situações em dia, através de parcelamentos. São parcelamentos longos, mas é para tentar ajeitar a casa e poder participar de projetos sociais que a gente conseguiu”, explica Paulo Costa. Ele considera “ínfima” a cota de R$ 80 mil paga pela Federação Gaúcha de Futebol (FGF) aos clubes da Série A-2.

Objetivo: subir

Em meio ao trabalho de reestruturação financeira, a direção do Aimoré forma o elenco para a Divisão de Acesso. Nomes experientes como o goleiro Marcelo Pitol, que disputa o Gauchão pelo Santa Cruz, e o zagueiro Micael, titular na campanha do Guarany de Bagé na elite estadual, já foram anunciados. A pré-temporada começará em 18 de março, quase duas semanas depois do início projetado pelo Pelotas, por exemplo. 

Sobre a meta na competição, o presidente fala em acesso. “O objetivo é subir logo. Inclusive eu era o presidente no último acesso. Estou desde 2009 participando direto, sempre fazendo parte [da direção]. As contas estão normalizadas. Agora resta cumprir os parcelamentos, o que não é fácil, e manter a folha em dia, buscar mais um ou dois patrocínios”, diz Paulo Costa. 

Técnico está no Maranhão

Oficializado em dezembro como treinador do Aimoré para 2024, Arilson Costa foi anunciado na quinta-feira da semana passada pelo Cordino (MA). O profissional de 50 anos tenta tirar a equipe da cidade de Barra Corda da zona de rebaixamento do Campeonato Maranhense. Eliminado pelo Xavante na Copa do Brasil do ano passado, o time ocupa a lanterna após oito das 14 rodadas. Arilson estreou com derrota por 5 a 2 para o Sampaio Corrêa, sábado. 

Porém, há um impasse: a primeira fase do Estadual no Maranhão termina em 3 de abril, duas semanas após o pontapé inicial da pré-temporada do Aimoré. À Rádio Índio Capilé, de São Leopoldo, o presidente Paulo Costa e o próprio Arilson garantiram a presença do comandante no dia do começo dos trabalhos. Faltarão, em 18 de março, duas partidas para o Cordino encerrar sua participação no Maranhense. 

“É uma situação bastante tranquila. O Arilson inicia os trabalhos aqui no dia 18 de março. Ele não tem vínculo nenhum com o Aimoré, o compromisso é a partir do dia 18. Futebol é assim. Tudo normal. Saiu uma notícia de que o Aimoré tinha emprestado. De maneira nenhuma: não tem vínculo com ele”, assegura o mandatário do clube do Vale dos Sinos. Arilson foi o treinador do Índio Capilé no último acesso, em 2018.