Conversa

Às vésperas do Gauchão, presidente da FGF conversa com o Diário Popular

Luciano Hocsman projeta a 103ª edição do campeonato, cita manutenção das cotas ao interior e revela possível mudança de formato da Divisão de Acesso

Foto: Max Peixoto - FGF - Dirigente lembra do fato de, por conta da Copa do Mundo, as pré-temporadas dos clubes terem iniciado mais cedo do que o normal

Por Gustavo Pereira

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Faltando pouco mais de uma semana para a abertura do 103º Campeonato Gaúcho, a expectativa da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) é positiva. Em entrevista concedida nesta quinta (12) ao Diário Popular, o presidente da entidade, Luciano Hocsman, lembrou do maior período de preparação dos clubes e afirmou que a cota aos representantes do interior foi mantida.

Além das projeções sobre a competição que começa no próximo dia 21, o dirigente revelou que a Divisão de Acesso pode sofrer alterações no regulamento da primeira fase. O principal tópico envolveria o fim da regionalização como critério da formação dos grupos. A Copinha do segundo semestre também ocorrerá de outra maneira em comparação a 2022.

Confira a conversa.

De uma forma geral, qual é a expectativa da FGF para essa edição?

- A expectativa do campeonato e da temporada é muito alta. É um campeonato que vai ter uma diferenciação no que diz respeito não à fórmula de competição, regulamentos, mas sim com relação à preparação dos clubes. Em razão da Copa do Mundo, as férias dos jogadores foram antecipadas, a pré-temporada iniciou antes. Praticamente os 12 clubes têm o mesmo período de preparação e a gente espera uma competição parelha, disputada. O interior tem vindo forte, isso decorre também da maior quantidade de competições de âmbito nacional que essas equipes vêm participando. Isso dá estofo, dá grandeza.

Houve novas demandas específicas dos clubes do interior, em relação ao ano passado?

- Toda demanda que vem à Federação, seja ela qual for, a federação está atenta. Analisa, discute, debate. Muitas vezes a Federação propõe o debate, e não espera que venha dos clubes. A gente está atento às necessidades, às dificuldades. A realidade financeira das competições estaduais mudou bastante, e viemos fazendo nossos esforços para que o repasse financeiro, que é a grande demanda, não sofra um impacto muito grande.

Com relação à renovação dos direitos de transmissão, ficou dentro do esperado? Qual é a cota que os clubes do interior estão recebendo? Aumentou ou diminuiu em relação a 2022?

- Temos um novo formato de comercialização de direitos de transmissão. Antigamente se tinha um valor fechado pela transmissão. Hoje a TV aberta tem um mínimo garantido de valor, que visa justamente atender as demandas dos clubes do interior. Com muito esforço, nós conseguimos pelo menos garantir aos clubes a mesma cota de 2022 para 2023.

Essa cota já foi paga na íntegra?

- O pagamento é feito conforme o cronograma de pagamento da empresa que detém os direitos de televisionamento [RBS TV] e dos demais patrocinadores.

Como será feita a nova distribuição de vagas do Rio Grande do Sul na Copa do Brasil? [A partir da edição 2024, o Ranking da CBF não será mais um meio de classificação]

- Essa mudança foi uma determinação acertada da CBF, de transferir para as competições de âmbito estadual a distribuição das vagas na Copa do Brasil. Isso dá mais transparência e certeza das equipes que participarão da competição no ano seguinte. Temos essas cinco vagas, conseguimos aumentar esse quantitativo. Normalmente entrava um gaúcho pelo Ranking da CBF. Como já havia acontecido a publicação do regulamento do Campeonato Gaúcho, estamos fazendo um longo debate, também com os clubes, para a substituição dessa vaga ou na Copa FGF ou na Série A2 [Divisão de Acesso]. Sendo na Copa FGF, seriam duas vagas [o torneio já vem classificando um time nos últimos anos]; sendo na A2, uma vaga.

Existem novidades com relação às competições de segundo semestre?

- Tivemos agora no final do ano um projeto chamado Conhecer, onde uma equipe de funcionários da Federação foi até os clubes ouvir suas demandas, suas preocupações. Não há um consenso, mas há um desejo dos clubes de mudança de formato das competições, seja da A2, seja da Copa FGF. A Copa deve sofrer alterações em relação ao modelo do ano passado, porque é uma competição por adesão e com um grande número de clubes. Na A2 ainda há uma discussão sobre seu formato. Costumeiramente fazemos em forma regionalizada, em razão dos custos, mas há uma demanda de alguns clubes que gostariam de jogar com outros adversários. Então nós vamos estudar isso tudo. A Série B [popular Terceirona] segue o modelo de adesão.

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