A semana do Brasil começou com reapresentação do elenco no início da tarde desta segunda-feira (29). O momento é de tentar reverter um cenário desagradável dentro e fora do campo. Nos bastidores o clima já foi mais harmônico e, nas quatro linhas, os resultados também deixaram de ser positivos na sequência recente. Na sétima posição do grupo A8 da Série D, o Xavante se prepara agora para encarar o Aimoré, às 16h do próximo domingo, no Bento Freitas.

É o último jogo do “mini-Gauchão” que a tabela da competição reservou ao Rubro-Negro. Se não houver retorno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) em tempo hábil, o que poderia gerar uma reversão da pena, as arquibancadas da Baixada estarão novamente vazias. E como informou o DP na última sexta-feira, as atividades diárias comandadas por Rogério Zimmermann agora são outra vez no Bento Freitas, após a suspensão do espaço da Arena Marini por falta de pagamento.

A volta do uso diário do gramado do estádio deve gerar impacto na qualidade do terreno de jogo. Isso afeta o planejamento do tratamento do campo, pauta do Jornal no último dia 16. Era esperada uma nova evolução da condição do gramado, o que dependia, também, da ausência de trabalhos no local. O plantel treina nesta terça em dois turnos e, de quarta até sexta, pela tarde. No sábado, finaliza a preparação pela manhã.

Para enfrentar o Índio Capilé, o Xavante terá o desfalque do volante Chicão, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Existe a expectativa pelo retorno de Amaral, titular da função, que sofreu lesão muscular na estreia da Série D e está em recuperação desde então. O meia Patrick, com trauma no joelho, também não entrou mais em campo após a derrota em Concórdia. O camisa 10 pode deixar o clube ao fim do contrato atual, que se encerra no meio do ano, antes do fim da primeira fase da quarta divisão nacional.

Ricardinho fala

Em entrevista concedida nesta segunda à Rádio Universidade, o vice de futebol do Rubro-Negro, Ricardo Fonseca, lamentou a derrota de sábado para o Caxias e disse que tem visto bom desempenho do time. Perguntado a respeito das informações de clima ruim entre parte da comissão técnica e alguns membros da direção, o ex-presidente não confirmou e se limitou a falar em “divergências”.

“Temos que pensar no Brasil como um todo. Se tivermos uma rachadura dentro do clube, estamos matando o clube. Podemos ter divergências. Isso é normal. Não podemos ter trairagem”, afirmou Ricardinho.

Opinião
João Antonio Ferreira,
setorista do Brasil na Rádio Universidade

“Atualmente, o Brasil passa pelo seu momento de maior instabilidade na temporada. Dentro de campo o ataque demonstra ineficiência e a defesa tem falhado frequentemente, porém, é o extracampo que preocupa mais. O atrito entre a comissão técnica e a executiva vai chegando no ponto crítico. Discussões internas, divergência de opiniões e descontentamento de ambas as partes mostram que o ano Xavante caminha para um final melancólico. As dificuldades dentro das quatro linhas não chegam perto da crise interna que, segundo pude apurar, a rachadura na relação entre os que apoiam Zimmermann e os que defendem o presidente Evânio não há como ser reparada.”

Série D – 5ª rodada
Grupo A8

Sábado
15h30min | São Joseense x Camboriú

Domingo
15h | Concórdia x Hercílio Luz
16h | Brasil x Aimoré
18h | Novo Hamburgo x Caxias