No futebol, o Xavante voltou nesta quarta-feira (19) aos treinamentos, após a morte do preparador de goleiros Toninho Castilhos, na terça-feira. Já na política, o clima segue quente nos bastidores do Bento Freitas. O Conselho Fiscal do clube pediu para a Direção Executiva a devolução dos valores referentes às premiações conquistadas pela equipe rubro-negra durante as três fases da Copa do Brasil. 

A participação na competição nacional, mais as classificações contra Cordino (MA) e Ponte Preta renderam quase R$ 4 milhões de valor bruto. Por direito, o Brasil tinha que receber quase a metade, já que outra parte é taxada e o restante é bloqueado por questões judiciais. 

O presidente do Conselho Fiscal, Manoel Porto Júnior, diz que os valores foram para a conta do ex-presidente Evânio Tavares, que foi destituído do cargo no mês passado. Procurado pela reportagem, Evânio não respondeu aos questionamentos. 

O elenco xavante está com salários atrasados desde o dia 10. Funcionários e comissão técnica não recebem desde o mês passado. Para Porto Júnior, a falta deste dinheiro nos cofres do Brasil ajuda a explicar os atrasos.
“Os valores pertenciam ao clube, que possui várias demandas, entre elas o pagamento de salários de jogadores, comissão técnica e funcionários. Tais compromissos não foram priorizados”, disse o presidente do Conselho Fiscal. 

“Os jogadores e comissão técnica, grandes responsáveis pelos resultados que garantiram as premiações, foram preteridos”, complementa o conselheiro. 

Porto Júnior explica que o Conselho Fiscal está em contato com a Direção Executiva e cobrando ações efetivas para que valores do clube sejam devolvidos aos seus cofres. 

Análise dos balancetes 

Outra pauta que o Conselho Fiscal vem tratando é a verificação dos balancetes. O presidente do CF diz que estão realizando o trabalho de análise contábil a partir dos balancetes que foram entregues, para formulação de parecer sobre as contas do clube a ser apresentado ao Conselho Deliberativo até o final do mandato, em setembro deste ano.
“Nós recebemos depois da destituição do presidente as informações dos balancetes para executar o trabalho. Este trabalho é demorado. Envolve uma verificação de notas e pagamentos, e além disso, por indicação da Assembleia, nós estamos fazendo uma verificação de perto junto à Executiva frente às situações que consideramos equivocadas”, afirmou Porto Júnior.