Investigação
Conselho Fiscal do Brasil reprova contas da gestão de Evânio Tavares
Parecer, que não é terminativo, identifica irregularidades administrativas e financeiras por supostas movimentações sem autorização e recebimento de valores em contas pessoais
Foto: Volmer Perez - Especial - Procurado, Evânio disse preferir não se manifestar sobre o assunto por enquanto
O Conselho Fiscal (CF) do Grêmio Esportivo Brasil reprovou as contas da gestão do ex-presidente Evânio Tavares. Apresentado em reunião do Conselho Deliberativo (CD) nesta quinta-feira (21), o parecer, que não é terminativo, identifica irregularidades administrativas e financeiras durante o período em que o dirigente comandou o clube, de setembro de 2021 a junho de 2023, quando foi destituído.
O trabalho da antiga gestão do CF, cuja composição foi refeita neste mês, enxergou “obscuridade” e “falta de transparência” em movimentações financeiras. A análise das contas também indica suposto recebimento de valores na conta de Evânio e de um funcionário do clube, sem comprovação de que esse dinheiro foi de fato destinado ao clube posteriormente.
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A falta de apresentação de balancetes e documentos foi outro ponto identificado pelos membros do CF. O estudo ainda julgou “centralizadora” a edição de contratos pelo ex-presidente, gerando suposto prejuízo econômico ao Brasil, sem a intervenção dos demais vices. Por esse motivo, o ex-vice de finanças, José Argoud, foi alvo de advertência pelo suposto não cumprimento das atribuições de sua função.
“O parecer não foi terminativo. Reprovou as contas do Evânio mas o novo Conselho Fiscal continuará o trabalho até aqui realizado, visto que os últimos balancetes mensais deste ano atrasaram. Indicamos as correções necessárias para a aprovação posterior dos balanços anuais, entre elas as medidas cabíveis para correções de contratos e defesa jurídica dos interesses financeiros ao clube”, explica Manoel José Porto Júnior, um dos responsáveis pela elaboração do parecer e que segue no CF para a nova gestão.
Posicionamentos
A reportagem entrou em contato com Evânio Tavares, que disse preferir não comentar a situação por enquanto. Argoud também optou por não se manifestar e afirmou não ter recebido nenhum material referente ao caso. “Vamos deixar o pessoal do Conselho trabalhar”, defendeu.
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