Gauchão 2024
Fabiano Daitx projeta Brasil x Santa Cruz: “Muito decisivo”
Treinador xavante falou em coletiva neste sábado sobre o jogo de domingo; lote promocional de ingressos a R$ 10 terminou e mais 200 estão disponíveis
Foto: Reprodução - TV Xavante/YouTube - Ainda repercutindo a vitória de quarta-feira diante do Caxias, comandante rubro-negro considerou a atuação de Gabriel Oliveira "talvez a melhor que já viu de um goleiro de sua equipe"
No fim da manhã deste sábado (3), véspera de Brasil x Santa Cruz, havia fila na Central de Sócios do Bento Freitas. Enquanto isso, na sala de imprensa, Fabiano Daitx projetava a partida da quinta rodada do Gauchão, marcada para as 20h de domingo. Os 800 ingressos promocionais (R$ 10) foram esgotados e o clube divulgou a disponibilização de mais 200. Um indicativo que vai ao encontro do que disse o treinador nos microfones: é um jogo “muito decisivo” para as pretensões do Xavante.
“É um jogo muito importante. Muito decisivo para nós, para onde a gente vai na tabela. Tem que estar muito atento e muito concentrado”, resumiu o técnico. Daitx projeta que uma vitória leva o Rubro-Negro ao G-4 do Estadual, enquanto uma derrota teria boas chances de resultar na entrada do time na zona de rebaixamento. Na entrevista, o treinador aproveitou para analisar o adversário, que possui o elenco de maior média de idade do Gauchão (o Brasil tem a mais baixa). O Galo é o único que segue sem triunfos no campeonato.
> Provável escalação do Brasil: Gabriel Oliveira; Gabriel Biteco (ou Danilo), Zé Pedro, Bruno Reis (ou Rafael Dumas) e Jefinho; Maicky; Marcinho, Anderson Recife; Tinga, Robinho e JP Bardales.
“A igualdade está muito clara na competição e a gente tem batido nisso há muito tempo. O nível é muito igual. O Caxias venceu o Grêmio, o Grêmio venceu o Brasil e o Brasil venceu o Caxias. ‘Ah, o Santa Cruz não venceu ainda’. Mas perdeu um jogo contra o Juventude em que teve bons momentos. Contra o Novo Hamburgo, para mim, fez um primeiro tempo bem superior e perdeu em uma bola parada. Contra o Guarany, saiu perdendo, empatou e teve um pênalti no último lance. Ou seja, teve a vitória nas mãos. E no último estava vencendo, teve um jogador expulso e não conseguiu segurar. Em nível de experiência, é muito rodado para lidar nessa situação. Não vejo desespero do Santa Cruz. Vejo uma equipe experiente, que está em um mau momento, mas que sabe lidar com isso. Se fosse o nosso time [nessa situação], eu estaria preocupado, porque é um time muito jovem. Eles não. Sabem como reverter, e uma vitória deles os coloca de novo na briga”, comentou.
Veja alguns dos outros principais tópicos abordados por Fabiano Daitx na coletiva de véspera do jogo.

Realidade do clube
“Quando a gente constrói um time do zero, com as dificuldades que a gente tem… Eu sempre olho no olho dos jogadores falando da realidade. A realidade para mim e para eles. Se o Brasil tivesse uma folha de R$ 1 milhão, certamente não seria o Fabiano o treinador. E isso não me deixa chateado. [...] Se tivesse a maior folha possível, poucas jogadores daqui estariam aqui, e isso não é ofensivo para eles. É oportunidade de estar num grande time e fazer história”.
Vitória sobre o Caxias
“O resultado foi muito expressivo, muito importante. A consistência, a superação, a entrega de todos. Isso a gente já vinha vendo e claro que é importante. É uma identificação com o símbolo do Brasil. Mas o Brasil ainda precisa melhorar muito para chegar num ideal, e é uma evolução constante. Tem que continuar crescendo. Humildade. A gente conseguiu uma vitória. O campeonato é curto. Pela maneira que a gente vê o futebol, e digo o todo, a gente vê o resultado. A gente quer uma equipe que trabalhe 40 dias e que esteja pronta. Que seja o ideal, que esteja definido. E isso não vai acontecer nem aqui, nem no São Paulo, nem no Palmeiras, nem no Grêmio. Espero não ter apenas 11 jogadores nunca para dizer que ‘esse é o time’. Vejo que a gente tem boas peças para fazer diversas situações e manter um padrão. Isso estou contente que vem confirmando e essa vitória pode dar um pouquinho mais de tranquilidade para trabalhar. Amanhã [domingo] tem que vencer novamente. A partida é muito importante, tanto quanto as outras, e a gente precisa fazer mais e mais”.
Performance na rodada passada e elogios ao goleiro Gabriel Oliveira
“Quando a gente enfrenta uma equipe que nem a do Caxias, e a equipe do Caxias tem oferecido muita dificuldade para todos os times… A maioria das defesas do Gabriel foi em lances de bola parada. O setor defensivo não foi envolvido. Em relação à bola parada, ela sempre é uma oportunidade muito clara para o adversário. Talvez, de todo o tempo em que estou no futebol, é a maior atuação de um goleiro da minha equipe. Está de parabéns, sem dúvida. Foi muito criticado quando a gente apresentou o nome e hoje está sendo elogiado. Para se ver como a gente avalia o futebol pelo resultado de um jogo. Comprova que a gente precisa evoluir muito ainda como conceito. Todos nós. De avaliação de uma pessoa, de um atleta, de uma equipe. Pegar só um resultado e achar que o Brasil está encaminhado. Tem que melhorar muito ainda”.
Postura da equipe agora, em casa, após um jogo como visitante
“Lá no Centenário quem teve as primeiras oportunidades fomos nós. [...] Não tem um time no campeonato que não jogue em contra-ataque. Entendo que só tem uma equipe no futebol mundial que joga com linha alta: o Manchester City. Nenhuma outra. O Brasil [Seleção], teve resultado em muitas Copas, se defendendo. O Inter, o Grêmio. [...] A gente teve que ter uma postura mais defensiva. Para mim, a gente deveria ter evoluído nessa questão de contra-ataque para conseguir definir o jogo antes. Não é com conversa, com dois treinos, que tu vai ter uma equipe melhor”.
Existe um “time ideal”?
“A gente não tem uma ideia de dez, 11 jogadores. Tu coloca um, vê a resposta desses, vê esse com esse. ‘Ah, mas teve 40 dias de pré-temporada, quatro ou cinco jogos.’ Aí tu vê que é pouco tempo. Cada erro de um jogo te mostra uma coisa. Tu começa a juntar todas as ideias e vai testando. O campeonato são 11 jogos, tu não tem chance de errar. A gente vive pensando no outro jogo”.
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