Presidente do Conselho Deliberativo do Brasil pelos próximos dois anos, Pablo Chagas conversou com o DP sobre o trabalho que ele e seus parceiros de mesa terão neste período turbulento vivido na política do Xavante. O clube sequer tem presidente da Executiva desde que Evânio Tavares foi destituído do cargo, em junho. Para piorar, o triunvirato que vinha comandando o Rubro-Negro desde então deve renunciar nesta quarta-feira.

As saídas de Ricardo Fonseca, Júlio Sanabria e José Argoud fariam o Conselho Deliberativo assumir o controle do Rubro-Negro. O estatuto do Brasil indica, no parágrafo D do artigo 40, que cabe ao CD a administração do clube pelos 30 dias seguintes. Depois, então, poderiam acontecer eleições presidenciais. 

“Nosso principal objetivo é ajudar a Executiva a estruturar o clube, que sofreu demais com as últimas gestões, que culminaram em renúncias e afastamento. Isso não pode ser normal. Nós lutamos por um Grêmio Esportivo Brasil transparente, íntegro e responsável. Acreditamos que a união dos esforços é o melhor caminho, acompanhada de um processo estruturado de profissionalização do clube. Percebo que estamos percorrendo o caminho correto, mostrando a todos que não haverá tolerância a práticas irregulares. O nosso clube deve ser respeitado e recuperar a credibilidade em todos os aspectos. Não pouparemos esforços”, diz Chagas.

“Nova fase”

O líder do Conselho Deliberativo diz ter convicção de que a aclamação da chapa foi o início de uma nova fase do clube, de uma cultura mais evoluída, de busca e cobrança por processos corretos e transparentes, fiscalização e responsabilização.

“Tenho certeza de que as pessoas começam a observar seriedade no Grêmio Esportivo Brasil”, complementa.
Ao lado de Pablo Chagas, dirigirão o Conselho do Xavante neste mandato a vice-presidente Laura Quevedo, o primeiro secretário Lucas Cunha e o segundo secretário Rafael Martinelli.

No Conselho Fiscal (CF) estarão Gerson Farias, Pedro Afonso, Manoel José Porto Júnior, Antônio Luiz Munhoso e Sandro Neitzel.

No dia da assembleia geral que resultou na aclamação da chapa, um torcedor entrou com pedido de impugnação apresentando um documento que apontava supostas irregularidades e descumprimentos do estatuto sobre o rito eleitoral, mas a Diretoria Executiva homologou a inscrição da chapa mesmo assim, que foi aclamada seguindo o processo eleitoral, estabelecido pelo estatuto.