A interrupção da trajetória do Brasil na Série D, neste domingo (6), com a derrota por 2 a 1 para o Patrocinense, vai acelerar o andamento de uma série de processos fora das quatro linhas. É o segundo ano seguido em que a temporada do Xavante termina em agosto, já que em 2022 a despedida na Série C aconteceu no dia 13 do mesmo mês. Agora, temas de bastidores estarão ainda mais em evidência no Bento Freitas após o retorno da delegação do interior de Minas Gerais – salários atrasados também aparecem nesse contexto.

Desde a destituição de Evânio Tavares, em junho, o clube tem sido gerenciado pelos três vices eleitos: Ricardo Fonseca (futebol), José Argoud (financeiro) e Júlio Sanabria (administrativo). A sequência do triunvirato é um dos temas a serem debatidos internamente. Como trouxe o DP na última quinta-feira, Ricardinho considera não ser possível “seguir do jeito que está”. O ex-mandatário do Rubro-Negro não garantiu permanência, assim como também não confirmou que entregaria uma carta de renúncia ao cargo.

Mas além da indefinição na Executiva, os Conselhos Deliberativo (CD) e Fiscal (CF) passarão por eleições em setembro. Estes dois órgãos, em especial, têm movimentado os bastidores do clube recentemente, pois promoveram o andamento da destituição de Evânio. No fim de julho, o Ministério Público solicitou documentações ao Brasil sobre o processo de saída do ex-presidente, que é acusado de supostamente não ter transferido aos cofres do clube os valores de cota oriundos da participação xavante na Copa do Brasil.

E o futebol?

Enquanto tudo isso avança internamente, será necessário reconfigurar o departamento de futebol, contratar uma comissão técnica e formar um elenco para a disputa da elite estadual em 2024 – geralmente, a pré-temporada começa em novembro. Rogério Zimmermann já confirmou que não permanecerá no cargo de treinador.