Interpretações
Zimmermann: “O que move o clube é o vestiário”
Treinador do Brasil fortalece unidade do departamento de futebol e elogia Hannecker e Ricardinho em coletiva na qual não menciona a Executiva
Foto: Italo Santos - Especial - Questionado a respeito do protesto de terça-feira, Zimmermann preferiu não comentar
A entrevista coletiva de Rogério Zimmermann nesta sexta-feira (2) foi repleta de recados. Alguns claros, transmitidos pelas palavras, e outros implícitos. O treinador do Brasil rasgou elogios ao vice Ricardo Fonseca e ao gerente de futebol Luis Fernando Hannecker, ambos presentes no Salão de Honras do Bento Freitas enquanto RZ atendia a imprensa. Em nenhum momento o técnico mencionou o nome do presidente Evânio Tavares, por exemplo, no dia que encerrou a semana marcada pelas manifestações de torcedores contra o mandatário do clube.
Questionado a respeito do protesto de terça-feira, Zimmermann preferiu não comentar. "Eu fico muito isolado dessas coisas, por muito tempo eu sou uma pessoa que dou o treino e vou para casa. Vejo pouca repercussão do que está acontecendo”, disse. Depois, admitiu a paralisação dos jogadores no dia da manifestação, sem a realização do treino agendado, mas afirmou que não externaria os motivos.
A principal mensagem transmitida por Rogério durante a coletiva foi a de fortalecimento do departamento de futebol. Em especial nas figuras dele próprio, Hannecker e Ricardinho. Várias vezes, ao longo das respostas à imprensa, o treinador se dirigiu aos dois para corroborar suas falas. "O pessoal do futebol veio aqui para ajudar o clube num momento difícil, de resultados e de credibilidade”, reforçou.
Adaptando o orçamento
Segundo o técnico xavante, Hannecker foi o responsável por um “respiro” de R$ 30 mil a R$ 40 mil na folha salarial ao renegociar contratos dos atletas que permaneceram no clube após o Gauchão e a Copa do Brasil. Conforme RZ, muitos jogadores deixaram de receber o acréscimo para pagar a moradia – na casa dos R$ 1,5 mil a R$ 2 mil mensais.
Rogério também citou que as negociações com todos os atletas não dependeram de pagamentos prévios a empresários. "Então você tem um gerente, que tem o mérito de contratar jogadores e não gastar comissão”, enfatizou o comandante, dizendo que o “principal patrocinador do clube é o sócio”. Já estava previsto que haveria redução orçamentária depois do Estadual.
"O que move o clube é o vestiário. […] Tudo é futebol, por isso quando a gente precisa do campo, o campo tem que estar à nossa disposição. O futebol é o foco, o futebol que faz o clube girar. […] Existe funcionário, que se não houvesse futebol, não estaria aí”, complementou, citando ainda o fato de os resultados de campo desta temporada terem injetado R$ 3 milhões em cotas da Copa do Brasil, por exemplo.
"Para contratar a gente estuda, nós não vamos pelo empresário, nós vamos pela nossa cabeça. Então nós somos muito sérios no futebol. E para sentar com a gente, na mesma mesa, tem que ser sério”, também falou Zimmermann.
Entrevista completa
Toda a coletiva concedida por RZ nesta está disponível na internet. Acesse o YouTube do Brasil e assista.
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