Dificuldade

Filas geram transtorno na Farmácia Municipal

Usuários do serviço reclamam das horas de espera

Foto: Jô Folha - DP - Moradores dizem que situação é recorrente

Era manhã de sexta e o cenário na Farmácia Municipal de Pelotas era de muito movimento, com formação de filas na frente do prédio. Quem estava por lá garante que o movimento não é incomum e que é normal enfrentar horas de espera para retirar os medicamentos necessários. Cerca de mil pessoas são atendidas diariamente no local.

Vivendo há sete anos com um novo rim, Rosane Otto, 61, chegou às 6h da manhã, duas horas antes da abertura da farmácia, para pegar o medicamento que retira mensalmente por conta do transplante. Segundo ela, é melhor esperar nesse horário durante o verão do que no fim da manhã ou início da tarde. “Venho na farmácia do Estado e depois na do Município. Quando cheguei já tinha gente aqui, só que é muita fila e muito calor. Está muito lento o atendimento. Prefiro vir cedo para esperar no fresquinho”, diz ela.

Uma dupla de mulheres que esperava o atendimento também contou ao DP que já estão acostumadas com a demora e com a eventual falta de medicamentos. “Está demais. Tanto no Estado quanto no Município”, diz uma delas. “Vira e mexe falta o medicamento que preciso”, relata a outra. Uma terceira usuária complementa reclamando, também, da falta de atendentes. “Fila tem sempre. Faz anos que venho aqui, aqui é um terror. Um calorão lá dentro e só uma pessoa atendendo”, exclama.

Aumento da demanda
Através da assessoria de comunicação, o coordenador de Assistência Farmacêutica da Farmácia Municipal, Fabian Primo, afirmou que, nos últimos meses, houve aumento de 30% no número de usuários à procura por medicamentos do Estado e 15% no Município. Segundo ele, o crescimento de pessoas dependentes do SUS é um dos principais fatores responsáveis pela maior procura. “A recomendação é que a população utilize o agendamento online para a Farmácia Municipal, para os medicamentos liberados pelo Município, disponível em pelotas.com.br/agenda-farmacia”, observou.

Primo também falou sobre a falta de medicamentos que, segundo ele, por parte do Município ocorre de maneira excepcional neste momento, devido à adaptação do processo de compras a partir da nova lei de licitações, que exigiu novos procedimentos e adequações dos sistemas. “Outro fator que influencia é o período de início de ano, com fornecedores com alta demanda para atendimento dos estoques. Nas próximas semanas, deveremos normalizar isso”, destaca. Não foram detalhados quais medicamentos estão em falta. 

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