Saúde
A atenção domiciliar como melhor aliada da saúde pública
Simpósio discutiu e apresentou os resultados da política que aprimora o uso de leitos e amplia o acesso ao lar na Região Sul
A política pública que tem como objetivo contribuir na redução das filas nos hospitais, na otimização do acesso aos leitos e aos lares foi tema de um evento organizado pelo Hospital-Escola (HE)/Ebserh da UFPel. O Simpósio de boas práticas na atenção domiciliar reuniu seis municípios gaúchos, autoridades da área da saúde de Pelotas, do Estado e do Ministério da Saúde para troca de experiências dentro do programa Melhor em Casa nesta quinta-feira (23), no auditório do IFSul.
Sede do evento, Pelotas foi o primeiro município do país a implantar o programa, ainda em 2012, quando recém-criado pelo governo federal. De lá para cá, segundo a superintendente do HE, Julieta Fripp, o Melhor em Casa cresceu, se fortaleceu e impactou positivamente na saúde pública pelotense. Por isto a iniciativa do hospital em abrir os resultados e dialogar com outras cidades, em busca de fortalecer a iniciativa e criar uma rede do serviço. “É uma política potente, que representa humanização e ao mesmo tempo uma redução de custos, tão buscada em um momento como o que estamos vivendo”, diz Julieta.
Na cidade, equipes interdisciplinares atuam tanto no Melhor em Casa como no Programa de Internação Domiciliar Interdisciplinar (Pidi), específico para pacientes oncológicos. São visitas diárias nas residências que oferecem o mesmo atendimento médico-hospitalar, mas dispensando a internação, caso seja possível. Entre os pacientes, Julieta afirma que os índices de aprovação são bastante elevados, mostrando que a iniciativa não só ajuda na melhora da saúde pública como impacta na qualidade de vida da pessoa em tratamento.
Para a integrante da coordenação geral de atenção domiciliar do Ministério da Saúde, Débora Spalding Verdi, o programa está em uma fase de qualificação, onde o Ministério oferece o suporte técnico aos municípios para que ampliem e consolidem o programa. “Pelotas é uma referência para nós e é de extrema importância que paute eventos como este, pelas trocas de experiências, entre erros e acertos em busca de melhorias.”
Estiveram presentes no simpósio os municípios de Venâncio Aires, Parobé, Novo Hamburgo, Capão da Canoa, Pinheiro Machado e Porto Alegre. Ao total, no Rio Grande do Sul, cerca de dez municípios trabalham com a atenção domiciliar.
Público
O Melhor em Casa atende cerca de 160 pacientes
O Pidi atende 20 pacientes
Além disto, há os 174 leitos disponíveis no HE
O Pidi
Neste programa atuam duas equipes de médicos clínicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, que atendem pacientes oncológicos nas suas residências, duas vezes ao dia. Há, ainda, o apoio complementar de assistentes sociais, nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos, farmacêuticos, voluntários e auxiliar administrativo.
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