Cartunismo

A criatividade através dos quadrinhos

Conversa com o cartunista André Macedo estimula crianças a alfabetizarem-se também através da imaginação

Carlos Queiroz -

Nostalgia para alguns, novidade para outros. Durante muitos anos, o cartunista André Macedo trouxe seus personagens às páginas do Diário Popular. Libório e Betinho, dentre tantos outros, fizeram partes do dia a dia de gerações. Agora professor do curso de Cinema de Animação da UFPel, ele apresentou nesta quinta-feira (20), para pequenos estudantes, suas criações, em uma atividade lúdica que busca estimular a imaginação durante o processo de alfabetização.

Em palestra aos pequenos, Macedo explicou seu processo de descoberta dos desenhos e a criação destes personagens. "Eu descobri que, se colocasse olhos em qualquer coisa, elas ganhavam vida. O olho é a magia da história", afirma. Ele cita a inspiração em pessoas ao seu redor para criar Libório. Depois, veio o pequeno Betinho, para dar um tom mais leve em contraste à figura grosseira do primeiro personagem. Com eles, diversos outros surgiram.

Sobre falar aos pequenos, o artista diz que relembrar esses personagens, embora seja para algo nostálgico, é também uma novidade para este público. "É reviver uma coisa que faz parte da tua vida." O cartunista destaca a satisfação com a capacidade lúdica que suas histórias geraram em diversas gerações, sempre na busca de criar materiais estimulantes e educativos.

Ferramenta para educação
Coordenadora pedagógica da Educação Infantil do Colégio São José, Katheline Berbicz conta que este tipo de atividade faz parte dos projetos de leitura da educação infantil. "Ter contato com livros e leituras é super importante para o desenvolvimento dos pequenos", explica. A iniciativa, em parceria com a família, faz com que uma atividade seja desenvolvida para cada letra do alfabeto - nesta fase, a letra Q, e, portanto, os quadrinhos. "É super importante envolver o lúdico à educação infantil. Sair da caixa, do espaço da sala de aula, possibilita aprendizagens diferenciadas." A educadora diz que o objetivo é tornar o hábito da leitura algo natural na vida das crianças.

A professora Susana Machado conta que, dentro das atividades, as crianças criam histórias próprias em quadrinhos, desenhando e elaborando textos com auxílio dos pais. Mesmo ainda não alfabetizados, os pequenos já aprendem a entender a função dos balões de pensamento de fala, por exemplo. "Eles fazem, através da imaginação, a leitura das cenas", explica. Para uma geração acostumada a receber conteúdo pronto dos canais digitais, Susana ressalta a necessidade de estimular a criatividade e a fantasia.

Um desses casos, a pequena Lívia Pinheiro Sandrini, 6, apaixonou-se por quadrinhos através da Turma da Mônica. Citando diversos personagens, ela afirma que ama desenhar. Na atividade de aula, a imaginação foi longe: criou uma história em que ela e outros três amigos de aula lutam contra dragões.

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