Lentidão
A interminável Osório
Obras na via completam um ano e meio.; vários trechos ainda precisam de intervenção
Carlos Queiroz -
Nesta quarta-feira (23) completa um ano e meio do início das obras de requalificação na rua General Osório, que deveriam ter sido concluídas em cinco meses, conforme anunciou a prefeitura, em 23 de fevereiro de 2016. Após três vezes do tempo divulgado, nenhum trecho está totalmente pronto e os transtornos seguem à população, sobretudo pedestres e usuários do transporte coletivo, que precisam conviver com as dificuldades geradas em decorrência de serviços inacabados.
Mas as obras não são uma dor de cabeça apenas à comunidade. O secretário de Planejamento e Gestão, Paulo Morales, se reúne nesta quarta-feira com o diretor da empresa vencedora da licitação, a SBS Construções, para tratar dos problemas, entre eles a morosidade e a execução de trabalhos que estão sendo sendo refeitos em alguns trechos. Segundo ele, as inconsistências têm de ser consertadas e o que não está concluído, não pode ser considerado mal feito.
A exemplo da reportagem do Diário Popular, Morales percorreu toda a rua General Osório, da rua Gomes Carneiro à avenida Dom Joaquim, para vistoriar os serviços e apurar os problemas. Fotografou tudo e diz que a empresa vai ter de refazer o que não ficou bem feito. Algumas grelhas quebradas já foram substituídas, outras serão. O secretário adverte, contudo, que enquanto não estão terminados os trabalhos é uma obra e dificuldades são decorrentes. Onde existe perigo, tem de estar sinalizado.
O vigilante Ronaldo Dias conta que presencia com frequência idosos tropeçando na esquina da 7 de Setembro, onde foram colocadas duas tampas grandes com alças de ferro em cada uma. “É um provisório que ficou permanente”, ironiza. A vendedora externa Talita Rosa, que atua em um estabelecimento próximo da rua General Neto, também já presenciou vários tombos. “É difícil um dia sem alguém cair”, afirma.
O secretário ressalta que o contrato com a empresa executora ainda está em vigor e assegura que o prazo não poderia ser de cinco meses, embora o anúncio em 23 de fevereiro de 2016. Esse tempo, segundo ele, foi o solicitado pelo ex-prefeito Eduardo Leite (PSDB) para o término do trecho da Gomes Carneiro à Marechal Floriano. A matéria, no entanto, foi divulgada pela assessoria de comunicação à época e está no site da prefeitura.
Destaca que apesar da morosidade, a obra não para. No último sábado operários trabalharam na esquina da Voluntários da Pátria. na terça pela manhã, em toda a extensão da rua General Osório, havia dois grupos: um com dois operários e outro com cerca de seis. Para a aposentada Nilce Ramires está tudo muito devagar. Na esquina com a Marechal Floriano, conforme o motorista Cesar Marin, quando chove, “vira uma piscina”.
Motorista de ônibus, Jorge Ramires considera que deveria haver uma melhor distribuição das paradas, que estão muito aglomeradas e impedem o fluxo em muitos momentos. Isso, de acordo com ele, que está gerando constantes atrasos nos horários, que já são apertados. Das 17h às 19h pode ultrapassar entre a Marechal Floriano e a 7 de Setembro, mas fora deste horário, não.
Projeto
As obras na rua General Osório integram projeto de mobilidade urbana que prevê também a requalificação das ruas Marechal Deodoro e Gomes Carneiro. O investimento é de mais de R$ 18 milhões de recursos federais e contrapartida da prefeitura superior a R$ 900 mil. As intervenções começaram pela rua General Osório, considerada a de maior urgência. Nessa via são investidos mais de R$ 9,4 milhões para colocação de novo asfalto, construção de corredores exclusivos para ônibus, alargamento e ajustes dos passeios públicos com acessibilidade, drenagem e mobiliário urbano, numa extensão de 3,3 quilômetros, entre a rua Gomes Carneiro e a avenida Dom Joaquim.
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