Trânsito
Adesão ao corredor de ônibus é tímida
Segunda-feira foi também de primeiro dia da tarifa mais cara - R$ 3,25
Jerônimo Gonzalez -
O corredor de ônibus da rua General Osório, entre Gomes Carneiro e General Neto, centro de Pelotas, foi liberado pela primeira vez nesta segunda-feira (14) para trânsito exclusivo do transporte coletivo. A adesão dos motoristas, no entanto, foi pequena. A maioria dos profissionais optou por usar o trecho apenas para embarque e desembarque de passageiros, retornando em seguida à pista comum.
A baixa adesão ao corredor de ônibus, explica o representante do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário, André Timm, se dá em função de que ainda encontram-se entulhos e máquinas ao longo da via. Ele atribui também ao fato de não terem sido repassadas orientações quanto ao uso ou não do novo trecho.
Já o diretor de Trânsito da STT, Sérgio Almada, garante que a liberação foi repassada ao consórcio, mas prevê uma reunião nesta quarta-feira para discutir o procedimento. Almada acredita que o uso começará aos poucos e deve crescer nos próximos dias, principalmente por envolver uma mudança de comportamento e adaptação de motoristas e usuários. “Têm lugares que realmente ainda precisamos remover alguns entulhos e finalizar meio-fio, mas está livre para uso. Fomos atravessados pelo feriado, mas em seguida trabalharemos mais a questão.”
Com parte do corredor já liberado, está proibido o estacionamento de carros e motos no local pelo lado direito da rua General Osório.
Tarifa mais cara
Ainda sem alterações na rotina de quem pega ônibus na via, o principal assunto entre os usuários era o aumento da passagem. Silvéria das Neves, que utiliza a linha Pestano/Areal diariamente, acredita que as mudanças realizadas após a licitação não justificam o aumento de R$ 0,20. O valor saltou de R$ 3,05 para R$ 3,25.
Para ela, seguem muitos problemas, como atrasos e lotação. “Estamos pagando agora valor igual de capital, sendo que aqui se anda muito menos tempo e em condições ainda bem ruins.” Isabel Caldas diz que os problemas apontados por Silvéria se repetem na linha da Cohab. “O valor que estamos pagando com o aumento não condiz de maneira nenhuma com a realidade que enfrentamos.”
O aumento, diferentemente dos outros anos em que era feita negociação entre a prefeitura e os proprietários das empresas, ocorreu desta vez como o previsto no contrato da licitação: considerando a atualização da cesta de índices entre outubro de 2014 e de 2015 do preço do óleo diesel (22,56), do INPC (51,4) e do IGPDI (26,04). Com o reajuste, a tarifa escolar passou de R$ 1,22 para R$ 1,30 e o transporte seletivo ficou em R$ 4,55.
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