Por Victoria Meggiato

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O verão chegou e, com ele, a exigência de maiores cuidados com alguns grupos. Dentre eles, os pets. Seja na alimentação, hidratação ou durante uma viagem, os tutores devem ficar atentos aos animais nesta época do ano. As altas temperaturas podem fazer com que cães e gatos sofram.

A estação verão requer maior atenção e cuidado, principalmente pelo fato de que esses animais não fazem troca de calor da mesma maneira que os seres humanos. Dessa forma, eles acabam transpirando por meio do focinho, boca e almofadinhas das patas.

Cuidados redobrados no verão

A vontade de passear com os animais e proporcionar um momento de lazer e descontração aumenta consideravelmente durante o verão devido às temperaturas mais propensas para isso. Praias ou praças perto de casa são as opções mais procuradas pelos tutores que, junto do passeio, buscam estimular a atividade física dos bichinhos. Apesar disso, é importante lembrar que em alguns locais, o chão pode apresentar uma temperatura muito mais elevada e, com isso, causar queimaduras.

O pet precisa ter superfícies frias à sua disposição para poder se refrescar. “Muita sombra, água fresca e caminhadas fora do horário de sol forte pra não queimar as almofadas plantares”, explica a médica veterinária Ana Lúcia Recuero, que também é proprietária de um hotel para cães.

A veterinária também destaca alguns outros cuidados importantes para manter a saúde do animal em dia, como uma maior atenção aos parasitas. “Utilizar protetor solar canino em partes suscetíveis despigmentadas ao ar livre, vermífugo a cada quatro meses periodicamente. Carrapaticida e anti-pulgas devem estar sempre em dia”, diz. Ela ainda ressalta que, se os tutores notarem qualquer comportamento anormal no pet, devem levar imediatamente no veterinário de confiança.

Cachorros com focinhos curtos

Os cães braquicefálicos, conhecidos por terem o focinho curto, precisam de uma atenção redobrada. Raças como o Pug, Buldogue e Shih-Tzu apresentam maior dificuldade para realizar essa troca de calor e, em razão disso, podem acabar ficando com a respiração ofegante. Ficar atento aos sinais deles é essencial para que não ocorram problemas.

Hospedagens podem ser uma alternativa

As férias escolares e de trabalho são mais comuns durante os meses de verão. Com isso, muitas famílias se veem com uma questão ao sair para viajar. Com quem deixar seus animais de estimação? Por essa razão, o abandono se torna mais comum neste período. Deixar com familiares, amigos de confiança ou até em uma hospedagem própria pode ser uma alternativa. Entretanto, os tutores que optam por deixar seus animais nesses locais devem conhecer o local e estarem atentos aos detalhes, para que o pet tenha a melhor experiência possível.

Para o adestrador e proprietário de um canil e hotel para animais em Pelotas, Luiz Garcia, os cuidados dos locais que os pets irão ficar fazem toda a diferença. “Tem os horários de recreação, o canil é bem confortável pois é alto e tem boa ventilação. Nessa época de verão a gente tem que ter um cuidado maior, às vezes vêm alguns pets mais idosos e temos que ter um cuidado, água limpa o tempo todo, ficar vigiando”, afirma.

De acordo com Garcia, o movimento no hotel se intensifica nos meses de veraneio, quando muitas famílias estão de férias. “De dezembro a março aumenta um pouco o movimento em razão do pessoal viajar”, salienta.
Estar em locais que não causem estresse nos animais, principalmente durante a ausência do dono, é de extrema importância. “Tenho um pátio grande com grama, onde a gente pode recrear eles e é onde eles passam boa parte do tempo, para que fiquem desestressados e gastem energia, podendo brincar como se estivessem na sua casa”, finaliza o adestrador.