Mudança

Aula aberta da UFPel é suspensa; MP notifica Universidade

De acordo com a Reitoria, suspensão é devido à chuva; Promotoria cobrou informações sobre manifestações político-partidárias

Jô Folha -

Marcada para esta terça-feira (11) no Largo Edmar Fetter, do Mercado Público, a aula aberta "UFPel no teu mundo" foi transferida, sem nova data definida para a realização. A iniciativa havia sido programada com o argumento de protesto aos bloqueios orçamentários que afetam a universidade e demais instituições federais de ensino. Em razão da natureza do evento, na segunda (10) a Reitoria da UFPel foi notificada pelo Ministério Público (MP) a prestar esclarecimentos.

Apesar da notificação, conforme a reitora Isabela Andrade, o motivo da suspensão da atividade teria sido a condição climática desfavorável. O evento pretendia reunir cerca de 40 cursos para a realização de uma amostra, o que exigiria montagem de estrutura com mesas para a exposição de trabalho e foi inviabilizado pela chuva, segundo Isabela.

"Temos tido papel fundamental na assistência à saúde local e regional, temos tido reiterados destaques no campo da ciência e inovação e nossos cursos de graduação e pós-graduação têm, a cada ano, obtido destaques fruto do empenho e trabalho aqui realizado", diz a reitora, apontando que o evento tinha caráter de aproximação da universidade com a sociedade.

Estavam convidados a participar também dirigentes da Universidade do Rio Grande (Furg), da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), do Instituto Federal Sul Rio-grandense (IFSul) e do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS).

O que diz o MP
De acordo com o promotor Márcio Schlee Gomes, a notificação foi elaborada a partir do conhecimento do tribunal de que paralelamente à aula aberta haveria ato que poderia ter cunho político eleitoral, marcado para as 15h. Já a atividade da universidade estava prevista para as 14h. Além disso, conforme Schlee, o MP solicitou informações sobre os motivos da suspensão das aulas para a promoção de uma atividade pública, que poderia gerar conflitos ou insegurança na comunidade.

"A manifestação democrática tem que ser garantida, mas desde que haja condição de segurança e não tenha de forma alguma a utilização da instituição pública com cunho político eleitoral. A questão também é a segurança das pessoas. Daqui a pouco passa uma carreata perto do local e gera provocações, depois não adianta lamentar que ocorreu algo grave", argumenta o promotor.

A possível carreata que Schlee cita se refere à visita do presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), que possui agenda de campanha em Pelotas e ocorreria no mesmo horário do ato.

 

 

 

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