Manifestação
Auxiliares de Educação Infantil protestam em acolhida da Smed
Profissionais apontam desvalorização da categoria, más condições de trabalho e falta de estrutura
Divulgação - DP - Cerca de 200 auxiliares participaram da manifestação
Por Vitória de Góes
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Na tarde desta quinta-feira (15), auxiliares da Educação Infantil municipal protestaram durante um evento de acolhida aos profissionais promovido pela Secretaria Municipal de Educação e Desporto (Smed) no Ginásio Municipal de Educação Prof. Orocindo Azevedo "Karosso". A categoria alega desvalorização da profissão por parte da Prefeitura de Pelotas.
Entre as situações que os auxiliares manifestaram contrariedade está o fato de que, desde o ano passado, não fazem mais parte do quadro do magistério, o que os retira do piso salarial da categoria, consequentemente, dos ajustes que possam ocorrer. "A gente faz as mesmas oito horas diárias, temos praticamente as mesmas atribuições que um professor, só não realizamos o planejamento de aula, mas fazemos todo o resto e a Prefeitura não reconhece isso", diz Letícia Schmitt, que atua na Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Ary Alcântara.
Mesma reclamação de Aline Maronn, auxiliar na Emei Mário Quintana. "Atuamos diretamente dentro de sala de aula. Muitos possuem, inclusive, formação no Magistério e mesmo assim não somos reconhecidos como parte da categoria. Recebemos menos que um salário mínimo."
Quem estava na manifestação contestou ainda que o evento teria apresentado mais atribuições aos auxiliares dentro das escolas, o que, na visão dos profissionais, representaria acúmulo de funções para o grupo que já desempenha vários trabalhos diariamente. "Ficamos preocupados com mais atribuições porque o trabalho fica pesado e as pessoas ainda nem reconhecem a importância do que fazemos", argumenta Dulce Rodrigues, auxiliar na Emei Graciliano Ramos. Para ela, algumas das orientações repassadas pela Smed estariam fora da realidade enfrentada diariamente. "Eles falam sobre a forma correta de higienização das mãos. Óbvio que tem que ter, mas há anos estamos com o dispenser de detergente quebrado e sem conseguir utilizar", exemplifica.
Executivo diz que houve adequação à legislação
De acordo com a secretária de Administração e Recursos Humanos, Tavane Krause, o Município realizou em 2022 uma adequação à legislação federal, que por sua vez determina que os cargos que compõem a categoria do magistério são os docentes e aqueles que desempenham suporte pedagógico à docência. A secretária, no entanto, diz que a remuneração foi preservada, com aplicação do reajuste na data-base do ano passado, como para os demais cargos da área da educação e, recentemente, começou a ser concedido adicional de insalubridade para a categoria.
Quanto às condições de trabalho reclamdas pelos auxiliares, Tavane sustenta que "estão sendo feitos investimentos em várias requalificações de estrutura das escolas, o que qualifica o ambiente de trabalho para todos".
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