Enchentes

Bombas da Estrada do Engenho só serão utilizadas em último caso

A ativação do sistema ocorrerá por eventual falha do sistema de bombeamento já existente ou caso um grande volume de água invada a cidade

Foto: Volmer Perez - DP - Bombas serão utilizadas em caso de colapso da Casa de Bombas Leste.

Na tarde deste sábado (11), as bombas de drenagem que foram instaladas no dique da Estrada do Engenho passaram por mais uma análise de rotação dos motores e estão prontas para operar, se for necessário. A aquisição das bombas flutuantes de alta vazão foi viabilizada com auxílio da iniciativa privada. Elas servem como uma possibilidade alternativa, no caso de falha de sistema de funcionamento na Casa de Bombas Leste ou se eventualmente ocorra uma inundação de maiores proporções.

Desmentindo o rumor sobre uma suposta ligação do sistema, um dos coordenadores da operação e engenheiro do Grupo Energia do Brasil (Gebras), Fabrício Iribarrem, enfatiza que as bombas nunca foram ligadas. “A gente só viu o giro de rotação dos motores”, afirma. “Em eventual falha do sistema do Sanep, isso aqui é um backup. Se lá parar, eles podem vir e acionar a estrutura de bombas que está aqui. Ou, em caso de uma catástrofe maior, que o São Gonçalo passe a altura do dique. Se aquela água do São Gonçalo passar por cima - e nós temos uma diferença razoável da água para cá - é que nivelou a cidade inteira na altura do São Gonçalo, aí sim nós vamos ter o objetivo de quando baixar o São Gonçalo, quando ele vazar pra lagoa com mais velocidade e baixar o São Gonçalo, nós vamos poder esgotar a cidade mais rápido, somando força ao sistema do Sanep”, explica.

Ao todo, são nove bombas disponibilizadas, com oito comandos de quadro elétrico já preparados, conforme expôs o responsável técnico pelas bombas operantes, Fábio Arduim. “Amanhã [domingo] a gente vai fazer mais uns testes para ver se está tudo certo com as bombas, se estão rolando no sentido certo. Em último caso nós vamos ligar. Quando já não der mais conta, as bombas no município encherem muito, aí sim elas vão entrar em ação”, salienta. “São quatro técnicos responsáveis que vão operar direto. A gente está com tudo pronto e esquematizado, de sobreaviso, com o celular sempre em mãos. Assim que der o momento de start, se a cidade colapsar, aí sim, as bombas vão ser ligadas.”

Em áudio divulgado no final da tarde deste sábado, a Prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) desmentiu diversas fake news que circularam pela cidade. O primeiro esclarecimento envolve, justamente, o novo sistema de bombas instalado na Estrada do Engenho, em que a prefeita reiterou sobre a utilidade do mecanismo e negou que ele traria prejuízos a algum bairro específico. “Elas não serão usadas para tirar água de um lugar da cidade e botar em outro lugar, prejudicando a cidade. Elas são bombas suplementares, que vão ser usadas caso as bombas da Casa de Bombas Leste tenham qualquer tipo de avaria em função das cheias. E serão usadas como sempre foram usadas as bombas da cidade, para tirar água de dentro da cidade para o Canal São Gonçalo. Essas bombas só vão ser usadas quando os técnicos do Sanep, responsáveis por isso, decidirem que é o momento certo”, pontuou.

Outros esclarecimentos

Além disso, a chefe do executivo contestou a história de que haveria uma onda gigante de até seis metros vindo pela Lagoa dos Patos em direção a Pelotas. “Não existe, não tem como [...] Só se cair um meteoro na Lagoa dos Patos. E, se isso acontecer, nós não estaremos mais aqui. Além disso, se estivesse vindo uma onda de cinco ou seis metros pela Lagoa, isso já estaria na internet com fotos e filmagens, porque as pessoas veriam, seria visível”, assegura Paula.

A terceira notícia falsa corrigida pela prefeita aborda uma suposta abertura que seria feita na Barragem Santa Bárbara, que estaria colapsando. Pelo contrário, a Barragem em nada corresponde às águas da Lagoa ou do Canal, conforme esclarece a prefeita: “A Barragem Santa Bárbara está operando dentro da sua normalidade. Ela não recebe contribuição do Lago Guaíba, não tem nenhuma relação com o Guaíba. Ela está cheia porque choveu muito, mas ela está operando normalmente”. Paula também explicou que a inclusão preventiva da Vila Farroupilha no mapa de alto risco para inundação se deve à dificuldade de operação que o sistema de drenagem para o Canal enfrentará por estar muito cheio.

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