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Câncer afeta os pets

O câncer de pele e o de mama são os tipos mais frequentes em animais, que, assim como os humanos, desenvolvem a doença

Jô Folha -

Os animais, assim como os humanos, estão propensos a desenvolver vários tipos de câncer. A doença se caracteriza pelo crescimento desordenado de células que invadem os tecidos e criam tumores malignos que podem levar à morte do animal. Os tipos mais comuns entre os pets são o câncer de pele e o de mama. Eles representam, respectivamente, 41% e 39% dos casos de câncer diagnosticados em animais, segundo o Serviço de Oncologia Veterinária da Universidade Federal de Pelotas (Sovet/UFPel). O diagnóstico de câncer em cachorros e gatos está mais comum devido à evolução da Medicina Veterinária, combinada ao aumento da expectativa de vida dos bichos. A Sovet da UFPel está desenvolvendo, no mês de novembro, uma campanha de incentivo ao diagnostico precoce da doença. A veterinária especializada em patologias animais e professora da UFPel, Cristina Gevehr Fernandes, explica quais são os cuidados que o tutor do animal deverá ter e os tratamentos existentes.

Que animais estão mais propensos
Todos os animais podem desenvolver a doença, desde os mamíferos passando pelas aves até chegar aos peixes. De acordo com Cristina, os animais de pelagem clara, em geral, são os mais propensos a desenvolver câncer de pele. Além disso, existem estudos que mostram que animais obesos e as gatas da raça siamês apresentam altos índices de câncer de mama. Já entre os cães, a raça boxer é a mais predisposta a desenvolver diferentes tipos da doença.

Quais os tipos de câncer mais comuns
1°- Câncer de pele - Este tipo de câncer pode ser detectado principalmente através de feridas. As áreas mais atingidas são orelhas e focinho. Existem vários tipos da doença, uma das mais comuns é a provocada pelo sol.

2º- Câncer de mama - O câncer pode ser detectado através de feridas e inchaços na região, além da palpação das mamas para detectar os linfonodos. Em 60% dos casos os tumores são encontrados nas mamas inguinais - as mais afastadas do focinho. Um dos métodos preventivos é a castração, que o quanto antes for feita melhor. Se o procedimento for realizado antes do primeiro cio a chance de a cadela vir a desenvolver a doença é de apenas 0,05%; se for castrada entre o primeiro e o segundo, a chance é de 8%; e se o procedimento for feito após o segundo cio, a chance é de 26%, segundo dados do Sovet.

3°- Câncer em órgão reprodutor - A doença pode ser percebida através de feridas na área genital, como pênis e vulva, e ainda pelo inchaço de testículos. Os mais propensos a desenvolver a doença são os machos criptorquidas - que possuem apenas um testículo -. É indicada a castração para a retirada do testículo que ficou no abdômen.

Tratamento
O método mais utilizado em cães e gatos é a cirurgia, que deve ser realizada o mais rápido possível. A quimioterapia animal também pode ser empregada como alternativa de cura, ela pode acontecer de forma exclusiva ou acompanha do procedimento cirúrgico. Assim como nos humanos, a quimioterapia tem efeitos colaterais. De acordo com Cristina, a perda de pelos não é frequente, o principal efeito é o desconforto digestivo.

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