Parado

Centenário, Castelo Simões Lopes continua sem revitalização

Após instituto responsável pela gestão da restauração pedir rescisão de convênio, prefeitura busca alternativas as obras

Jô Folha -

Sem previsão para o retorno das obras de revitalização, o Castelo Simões Lopes, em Pelotas, continua fechado ao público e sofrendo as ações de deterioração do tempo. Uma pequena parte do imóvel chegou a ser restaurada entre 2018 e 2019. No entanto, impasses orçamentários e a pandemia da Covid-19 causaram a paralisação das obras.

Completando o centenário de construção neste ano, o Castelo está em ruínas e até mesmo os restauros iniciais terão que ser refeitos devido às ações de depredação de vândalos. A reforma estava sob gestão do Instituto Eckart, vencedor da licitação aberta pelo município. Entretanto, alegando dificuldades financeiras, após uma suspensão de seis meses em 2021, o convênio com a prefeitura foi rescindido em maio deste ano.

No período do ano de 2016 até agora, sem nenhuma ação efetiva, houve grande degradação interna do Castelo e os problemas estruturais só se agravaram, conforme explica Liciane Almeida, arquiteta da Secretaria de Cultura (Secult). "A cobertura dele também já está muito danificada, uma parte ruiu", relata.

Situação deve se estender
Pelo menos até o final do ano, a situação do prédio deverá continuar a mesma. Isto porque o Executivo precisa novamente realizar os trâmites burocráticos para o recomeço da revitalização. Na segunda-feira, de acordo com Liciane, a pasta esteve em reunião solicitada pelo Ministério Público (MP) para tratar sobre a rescisão com o instituto e sobre as medidas de preservação do bem público.

A alternativa encontrada no momento pela Secult é tentar o Fundo de Reconstituição de Bens Lesados (FRBL) do MP. Através do convênio com a instituição, a pasta espera conseguir recursos para custear um novo projeto de restauro. Para isso, durante o mês de setembro será elaborado um termo de referência com proposta de projeto da recuperação do prédio, que deverá ser enviada para o edital de seleção até o dia 3 de outubro.

Caso seja selecionada, com a verba do fundo a secretaria terá como elaborar projeto de restauração. "Que é o pontapé inicial para a gente poder fazer posteriormente uma execução de obras", explica a arquiteta. Após a criação do esboço que, segundo Liciane, poderá ficar pronto até o final do ano dentro de uma previsão otimista, o município abre novo processo de licitação para reiniciar as obras.

O Castelo
A edificação construída pelo político Augusto Simões Lopes foi local de vários importantes eventos políticos e sociais. O castelo pertenceu posteriormente à família do escritor pelotense Simões Lopes Neto. Em 1990, a propriedade foi adquirida pela prefeitura de Pelotas, que deste período até o ano 2000 abrigou no imóvel entidades culturais.

Já em 2012, foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (Iphae).

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