Agronegócio

Colheita do morango se intensifica no mês de outubro

Os 200 produtores têm uma expectativa de colher 1,7 mil toneladas da fruta nesta safra

Volmer Perez -

O cultivo do morango tem seu potencial máximo a partir do mês de outubro. Os dias ensolarados e aumento gradativo de horas com luz solar, aliados às temperaturas mais amenas à noite e em elevação durante o dia no mês de setembro, favorecem o desenvolvimento, floração e frutificação dos morangueiros.

Em Pelotas, a cultura está em franca expansão. A área cultivada chega a 42,5 hectares, 40% no solo e 60% em ambiente protegido (estufas) e o total de 200 produtores. A expectativa é de uma excelente safra, com produção de 1,7 mil toneladas. “Em dez anos, a área dobrou e o número de produtores triplicou”, ressalta o extensionista da Emater Pelotas, Rodrigo Prestes.

Segundo ele, em 2012 eram 60 produtores e 20 hectares. Na safra 2021/2022, o morango de mesa atingiu 40,52 hectares de área e envolveu 170 produtores com uma produção de 1,6 mil toneladas. A produtividade média para os cultivos de solo é de 40 toneladas por hectare e de estufa de 110 toneladas por hectare, ressalta.

As cultivares utilizadas são a San Andreas (dias neutros) em 98% da área de estufas e os outros 2%, a Albion (dias neutros), Fronteras e Caminho Real (dias curtos).

Nos plantios convencionais (solo), 90% utilizam as cultivares Fronteras e Caminho Real (dias curtos) e as outras 10%, San Andreas (dias neutros) e Camarosa (dias curtos).

Segundo a Emater, os produtores informam intensa floração e frutificação nos morangueiros. A maturação e a coloração dos frutos melhoraram significativamente nesta semana, possibilitando o aumento na oferta da fruta nos comércios de toda a região.

Os preços de comercialização para a indústria varia entre R$6,00 e R$7,00. No mercado in natura, os preços ficam entre R$ 10,00 e R$25,00.

Cultura atrai principalmente a nova geração
A cultura do morango tem atraído principalmente produtores jovens, que estão iniciando seus próprios empreendimentos rurais, mesmo que nas terras da família. É o caso do produtor João Lucas Bender, de 25 anos, que após algumas tentativas de viver na cidade, chegou à conclusão de que a agricultura era mesmo o que gostava e sabia fazer. Ele chegou a cursar um ano de Engenharia Mecânica, mas resolveu retornar à vida no campo. Com experiência em outras culturas como o pêssego e hortigranjeiros, principalmente o tomate, ele resolveu investir em um sonho de criança, quando a família cultivava a fruta, mas ainda no solo.

A partir de dois financiamentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), um para investimento, em torno de R$ 32 mil que utilizou para estruturação da estufa no sistema semi-hidropônico e, o outro para custeio, R$ 9,4 mil, usados na aquisição das mudas, no total de 4,2 mil plantas e insumos. A chácara da família, localizada na Colônia Rincão do Andrade, 7º distrito de Pelotas, foi adquirida em 2007, através do Banco da Terra.

O plantio das mudas foi realizado em março deste ano e a primeira colheita feita em maio, com uma produção total de 300 quilos. Há um mês, a produção chegou a mil quilos. “No forte da safra, especialmente no mês de outubro, a expectativa é de colher em torno de quatro mil quilos, em média um quilo a 1,100 quilo por planta”, diz.

A colheita e a entrega das frutas, que é feita a depósito de frutas na cidade, são feitas às quartas-feiras e domingos, ressalta. O preço, segundo ele, varia com a oferta de fruta no mercado. Atualmente está recebendo R$ 12,00 pelo quilo da fruta, mas já obteve até R$ 25,00 em períodos de oferta menor de fruta no mercado, diz.

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