Influenza
Combate à gripe aviária mobiliza esforços estaduais e municipais
Mais de 570 animais já morreram no Estado por conta da doença; três focos estão localizados na Zona Sul
Foto: Divulgação - SVRP - Autoridades estão mobilizadas para combater a doença
Com quatro focos de influenza aviária de alta patogenicidade em aberto no Rio Grande do Sul, as autoridades estão mobilizadas para combater a doença e também preservar as granjas comerciais do Estado. Os focos estão nos municípios de Rio Grande, Santa Vitória do Palmar, Torres e São José do Norte. Até o momento, mais de 570 mamíferos aquáticos morreram por conta da influenza.
Para evitar o avanço da doença, o governo estadual juntou forças com os municípios para coordenar ações de vigilância, prevenção e orientação à comunidade, especialmente na região litorânea, onde se concentra a maior parte dos casos. O objetivo principal é conter a doença e evitar o avanço às granjas comerciais. "Estamos com um desafio muito grande, de circulação viral numa área do Estado em que não temos avicultura comercial, mas onde há muita circulação de pessoas e veículos de outras regiões", avalia a coordenadora do Programa Estadual de Sanidade Avícola, Ananda Kowalski.
Até o momento, quatro espécies de aves e mamíferos aquáticos tiveram laudo positivo para gripe aviária no território gaúcho. São elas: cisne-de-pescoço-preto, trinta-réis-real, lobo-marinho e leão-marinho. A vigilância estadual já recebeu 159 notificações de casos suspeitos, com colheita de amostras em 37 dessas ocorrências e quatro casos confirmados. Nenhum desses casos são de aves de produção, o que mantém o status sanitário do Estado e do País.
Avaliação das autoridades locais
Em Pelotas, ainda não há registros de casos suspeitos da doença. Ainda assim, na última quarta-feira, representantes de diferentes secretarias municipais e estaduais se reuniram para elaborar ações conjuntas de prevenção. O secretário de Qualidade Ambiental, Eduardo Schaefer, afirmou que, além de estar mobilizada para atender possíveis casos de gripe aviária, a Prefeitura também está preparando uma capacitação para os servidores envolvidos no recolhimento dos animais que, eventualmente, apareçam na orla do Município.
Segundo Schaefer, uma campanha de orientação à população, com relação aos cuidados a serem tomados em caso de ocorrências de animais doentes ou mortos, também está sendo planejada. Todas estas ações estão sendo articuladas em conjunto com órgãos do governo estadual que já atuam no monitoramento da doença em outras cidades do Estado.
Orientações à população
Não se aproximar, alimentar ou tocar em animais silvestres;
Evitar a circulação de animais domésticos (como cães e gatos) nas praias - especialmente onde já houve confirmação de foco da doença;
Evitar contato de animais domésticos com animais silvestres;
Não socorrer ou se aproximar de animais doentes ou mortos;
Em caso de contato com carcaças ou animais marinhos suspeitos, intensificar medidas de desinfecção e atentar para sintomas respiratórios nos dez dias seguintes. Se houver suspeita, procurar atendimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próxima e informar sobre a exposição;
Se encontrar animais mortos ou doentes (com sintomas como dificuldade respiratória, diarreia, secreção nasal, torcicolo e dificuldade de locomoção), notificar imediatamente o Serviço Veterinário Oficial do Estado do Rio Grande do Sul, pelo telefone (51) 98445-2033,
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