Substituição

Começa movimento para substituição de Cameron como primeiro-ministro

Entre os possíveis candidatos estão o ex-prefeito de Londres, Boris Johnson, que liderou a campanha para a saída do país da União Europeia, e a Ministra para assuntos internos Theresa May

A decisão de David Cameron de renunciar como primeiro-ministro do Reino Unido põe em movimento uma batalha pela liderança do Partido Conservador, atualmente no governo, e que também irá determinar o próximo ocupante do cargo de Cameron. Entre os possíveis candidatos estão o ex-prefeito de Londres, Boris Johnson, que liderou a campanha para a saída do país da União Europeia, e a Ministra para assuntos internos Theresa May, que ficou ao lado de Cameron em seu apoio à continuidade do Reino Unido no bloco.

O futuro econômico e político do Reino Unido, e também se o país continuará unido, vai direcionar a forma como os candidatos vão lidar com o fim da relação de 43 anos com a UE. Outro partido político importante do Reino Unido, o oposicionista Partido Trabalhista também enfrenta turbulência, já que alguns de seus legisladores pedem a renúncia do líder Jeremy Corbyn.

O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, pediu ao primeiro-ministro britânico, David Cameron, que inicie o processo de saída da União Europeia (UE) na terça-feira (28), dia de uma reunião de cúpula do bloco. Depois da derrota no referendo da semana passada, Cameron disse que vai permanecer no cargo nos próximos três meses, e que o objetivo é escolher um novo líder durante a conferência anual do Partido Conservador em outubro. "Quem quer que seja, existem dois desafios reais", disse Richard Ottaway, um antigo político do partido conservador, que deixou o cargo de parlamentar no ano passado. "Uma delas é, obviamente, para liderar as negociações sobre a Europa, mas a segunda é a de unir o Partido Conservador. Ambas as questões representam desafios sérios."

O momento para a disputa pela liderança é definida pelo Comitê 1922, um grupo influente de todos os legisladores conservadores com posições secundárias no Parlamento, e que se reúne semanalmente. Graham Brady, presidente do órgão, disse que seu comitê executivo provavelmente vai fixar um calendário para a competição amanhã (27). A diretoria do partido, que é composto por membros e legisladores, pode ratificar o cronograma na terça-feira.

Johnson, no passado, falou do interesse em ser primeiro-ministro, mas se recusou a comentar sobre as ambições de liderança nos últimos meses. Jacob Rees-Mogg, um parlamentar conservador que apoiou a saída do Reino Unido da UE, disse que seria "muito difícil" para um político que apoiou a continuidade da adesão se tornar o próximo líder do partido. Para ele, Andrea Leadsom, um parlamentar conservador sênior, também seria um forte concorrente na disputa.

Outro conservador proeminente na campanha para sair da UE foi secretário de Justiça Michael Gove. Gove e Johnson têm sido as escolhas mais populares de partidários conservadores nas sondagens recentes sobre potenciais futuros líderes conduzidas pelo site ConservativeHome.

Antes do referendo, Gove disse que não considerava a hipótese de disputar a eleição, caso o cargo ficasse vago. O jornal Sunday Times informou que Gove disse a Johnson, por telefone no sábado, que ele iria apoiá-lo para uma oferta liderança conservadora.

O processo de escolha de um novo líder conservador é duplo. Em primeiro lugar, os legisladores conservadores nomeiam os candidatos. Se houver mais de duas indicações, os legisladores conservadores realizam uma série de pleitos até que a lista seja reduzida a dois candidatos. Depois, o processo é aberto para votação dos 150 mil filiados. O processo pode levar cerca de dois meses para ser concluído.

O líder do Partido Trabalhista do Reino Unido, Jeremy Corbyn, está enfrentando uma forte oposição dentro do partido, após a decisão do país de deixar a União Europeia. O principal partido de oposição enfrenta turbulências após dois membros importantes terem anunciado a saída do partido neste domingo, o que foi considerado um desafio direto à Corbyn.

Corbyn primeiro demitiu o secretário de Relações Exteriores do Partido Trabalhista, Hilary Benn, após ele ter dito que tinha perdido a confiança na capacidade de Corbyn para liderar o partido. "Não há confiança de que seremos capazes de vencer uma eleição geral enquanto Jeremy continuar na liderança", disse Benn em entrevista à rede de televisão BBC. "Ele é um homem bom e decente, mas não é um líder. E isso é um problema".

Fonte: Dow Jones Newswires

-113886

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Espanha promove repetição inédita de eleições parlamentares

Motorista que não pagar IPVA atrasado será inscrito em dívida ativa Próximo

Motorista que não pagar IPVA atrasado será inscrito em dívida ativa

Deixe seu comentário