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Confecção da identidade sem agendamento

Pelotas é a única cidade do Estado em que o sistema de marcação on-line para solicitar o RG está indisponível ao público

Jerônimo Gonzalez -

Aproximava-se das 10h15min de quarta-feira (5) e Fernando Silva, 50, aguardava sua vez de fazer a carteira de identidade. Desde as 8h na sede do Instituto Geral de Perícias (IGP), o motoboy estava cansado de tanto tempo de espera. Já havia deixado para trás pelo menos uma entrega logo cedo para estar ali e encaminhar o documento que perdeu.

A exemplo dele, mais de 20 pessoas esperavam pacientemente pelo chamado da sua senha no painel eletrônico, deixando para trás o trabalho ou as atividades domésticas. Situação que poderia ser diferente, caso fosse permitido o agendamento do processo para confecção do RG. No entanto, Pelotas é a única dentre as 32 cidades listadas no site do IGP que não tem o serviço. O Diário Popular fez o teste na manhã desta quarta-feira e constatou que cidades como Rio Grande, Bagé e Camaquã apresentavam datas e horários disponíveis.

Enquanto em outros locais é possível escolher dia e horário, por aqui a saída é sentar e encarar a fila de espera, como fez a dona de casa Helena de Souza, 60. Moradora da Gotuzzo, chegou às 9h na esquina da avenida Bento com Marcílio, esperando resolver logo o problema com a identidade danificada. Porém, com muita gente na frente, não sabia a que horas sairia.

De acordo com o coordenador regional do IGP, Vladimir Ribeiro, o Posto de Identificação em Pelotas optou por não fazer agendamentos devido ao alto índice de desistências. “Na época em que eram feitos, cerca de 50% dos agendados não compareciam”, explica. Apesar de causar transtornos a quem precisa ficar aguardando de acordo com a ordem de chegada, ele garante que todas as pessoas que vão ao local no horário de atendimento são atendidas.

Outra reclamação frequente de quem manda fazer a identidade na sede do IGP é a demora em receber o documento. Em alguns casos, a segunda via leva mais de um mês para ser entregue.
“Já vi gente que desde janeiro está aguardando. Mas se pagar mais recebe o mesmo documento em cinco dias”, reclama o marítimo Vinícius Barbosa, 36, referindo-se à emissão da segunda via expressa, quase R$ 20,00 mais cara que a normal.

Questionado sobre o motivo da demora, o coordenador regional pediu à reportagem que procurasse o Posto de Identificação em Pelotas. O Jornal, porém, não foi atendido. Da mesma forma ocorreu nas tentativas com o Departamento de Identificação do IGP em Porto Alegre.

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