Fotos: Jô Folha

Educação infantil conciliada com ocupação do espaço público. Este é o princípio do Saber ambiental no Mercado, exposição que traz a biodiversidade encontrada no Estado para alunos do 4º ano da rede municipal e também para toda a comunidade que frequenta o Mercado Central. Até esta quinta-feira (24), da 1h30min às 17h, o público poderá visitar os estandes para conferir as produções e as palestras que estão sendo promovidas pela prefeitura, em parceria com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

Através de músicas, vídeos e brincadeiras que as noções de preservação são ensinadas aos pequenos. Na hora de colorir os animais, fazer moldes com massa de modelar e pintar as réplicas em gesso de partes do tatu-gigante é que a criançada percebe a importância do meio ambiente e como é necessário cuidar dele. Para a coordenadora pedagógica da Escola Municipal Jornalista Deogar Soares - uma das escolas que visitaram o Saber ambiental esta semana -, Leda Hees, as atividades são grandiosas, pois levam as crianças a pensarem sobre esta temática e ajuda a criar uma preocupação com o planeta desde cedo, e isso poderá fazer diferença no futuro. A professora ressalta ainda que gostaria de ter vivido este tipo de experiência em sua infância, mas naquela época não havia quem oportunizasse esta conscientização.

Quem passar pelo local poderá apreciar a exposição do Sítio de Visitação da Paleotoca Gilberto Azevedo de Azevedo - túnel descoberto na duplicação da BR-116/392, que mostra indícios de um tatu-gigante habitante do Rio Grande do Sul há cerca de dez mil anos. Para a pequena Evelyn Silva, nove, poder pintar uma réplica do corpo deste animal foi a parte mais satisfatória da tarde, onde, com toda a certeza, o pincel e o gesso atiçaram sua mente a imaginar como foi a existência da espécie. Além disso, o Laboratório de Ensino e Pesquisa em Antropologia e Arqueologia (Lepaarq/UFPel) faz demonstrações das espécies preguiça-gigante e tigre dente-de-sabre.

Algumas peças do Museu de Ciências Naturais Carlos Ritter também integram a exposição. A comunidade tem a oportunidade de aprender a identificar os três tipos de tatu encontrados na região - o galinha, o peludo e a mulita. Os alunos do curso de Biologia da Universidade Federal (UFPel) passam as explicações aos estudantes. Eles alertam que a caça ainda é uma atividade muito praticada e pode levar à extinção.

Em paralelo
Em paralelo ao Saber ambiental no Mercado, na terça-feira - quando foi comemorado o Dia Mundial da Água -, duas palestras abordaram o tema. Ambas foram ministradas pelo engenheiro agrônomo e especialista em recursos hídricos da empresa STE S.A., Lauro Bass. Uma das conversas ocorreu no Centro de Integração do Mercosul e outra na Universidade Católica de Pelotas (UCPel).

Escolas que já visitaram o evento
- Escola Municipal de Ensino Fundamental Professora Braulinda Fernandes
- Escola Municipal de Ensino Fundamental Bruno Chaves
- Escola Municipal de Ensino Fundamental Carlos Laquintinie
- Escola Municipal de Ensino Fundamental Jornalista Deogar Soares