Os servidores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) ratificaram a greve e decidiram aderir ao movimento nacional deflagrado pela Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra). As definições foram tomadas em assembleia realizada ao longo de mais de duas horas, na manhã desta terça-feira (25), quando a categoria reiterou a necessidade de implementar calendário de discussões sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241 e acentuar o contato com a população. Nesta quarta-feira já são dez dias de paralisação das atividades e não há qualquer perspectiva de retorno.

Pelo contrário. A expectativa é de intensificação do movimento - afirma uma das coordenadoras da Associação dos Servidores da UFPel, Liliane Griep. A categoria irá monitorar a tramitação da PEC e, ainda que chegue para apreciação do Senado - o que poderá se prolongar até a primeira quinzena de dezembro -, a intenção é de apertar a pressão sob parlamentares e governo. "A tendência é de que o movimento cresça. Toda a comunidade será afetada por essa proposta. Por isso, defendemos que o nosso debate precisa ultrapassar os muros da universidade".

E foi, portanto, nesta linha, de se aproximar da população que, na tarde desta terça, servidores foram até o Hemocentro Regional de Pelotas (Hemopel) para doações de sangue. O enfermeiro Pablo Viana Stolz, 37, foi um deles. "Com esta ação, em benefício de outros, estamos enfatizando que não só os servidores serão atingidos pela PEC. Todos serão afetados".

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A greve, que já se espalhou pelas três categorias na UFPel - técnico-administrativos, professores e alunos -, incorpora-se a uma mobilização que não para de ganhar força no país. Hoje, mais de mil escolas, além de institutos federais e campi de universidades federais de todo o Brasil encontram-se ocupados por estudantes. A pauta é a mesma é centra-se em três pontos principais: a Medida Provisória (MP 746), que propõe a reformulação do Ensino Médio; a PEC 241, que congela os gastos sociais; e o projeto de lei que institui a Escola sem Partido.