Encontro
Crise na saúde é tema de debate do Simers
Presidente Paulo de Argollo Mendes esteve presente no encontro, onde foram debatidas a precariedade nos serviços públicos de saúde e a baixa remuneração dos médicos pelo IPE
Jô Folha -
A precariedade nos serviços públicos de saúde e a baixa remuneração dos médicos pelo Instituto de Previdência do Estado (IPE) e pela prefeitura foram tema de reunião na noite desta quinta-feira (14) em Pelotas. Com a presença do presidente do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), promotor do encontro, os profissionais da saúde debateram possíveis soluções para os antigos problemas.
O valor que o IPE paga por uma consulta não cobre os custos de um consultório, avalia o presidente do Simers Paulo de Argollo Mendes. Segundo ele, os R$ 47,00 repassados aos médicos não é reajustado há seis anos. Na época, houve um pequeno aumento e a promessa era de subi-la gradativamente. Mas desde 2011 nada mudou. Essa situação faz com que os profissionais se descredenciem do instituto, deixando-o carente de conveniados.
O resultado é uma espera enorme por consultas e a migração dos pacientes do IPE para o Sistema Único de Saúde (SUS), sobrecarregando-o ainda mais. Atualmente, um milhão de gaúchos são atendidos pela autarquia, o que representa 10% da população do Estado.
Outra reivindicação é a mudança no sistema de pagamento aos médicos do município. Hoje eles recebem por hora trabalhada. A intenção é passar a ganhar por tarefa exercida. O presidente afirma que os médicos estão deixando a saúde municipal devido à remuneração baixa demais para as 33 horas de serviço. O salário-base em Pelotas é o mesmo de todos os técnicos-científicos: R$ 2.160,47 mensais. Mas uma lei de complemento elevou os ganhos a R$ 4 mil por mês.
A suposta maquiagem nas contas do SUS pelo governo do Estado também entrou na pauta da reunião. De acordo com Mendes, 12% da receita estadual deveria ser destinado à saúde pública. Porém, apenas 9% efetivamente vão para o setor.
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