Ambiente
Decreto reconhece a nova área do Taim
Esec foi ampliada para 32,7 mil hectares, 22 mil a mais em relação ao tamanho anterior
Paulo Rossi -
A Estação Ecológica do Taim recebeu mais 22 mil hectares e ampliou a sua área dos atuais 10,7 mil hectares para 32,7 mil hectares. A informação é da assessoria de imprensa da Presidência da República. A Unidade que fica entre Rio Grande e Santa Vitória do Palmar, na Zona Sul do Estado, foi incluída este ano na lista dos 16 sítios Ramsar do Brasil, áreas úmidas de importância internacional.
De acordo com a nota, o Taim abriga boa parte da riqueza biológica da planície costeira do Rio Grande do Sul, com campos sulinos naturais, grandes extensões de banhados, matas de restinga, lagoas, canais e campos de dunas costeiras de altitude, abrigando espécies raras, endêmicas e ameaçadas de extinção, da flora e da fauna, com destaque especial para a avifauna. A região faz fronteira com o Uruguai e abriga ainda sítios históricos e arqueológicos.
A fauna é especialmente rica e diversificada, incluindo espécies em risco de extinção, como o gato-do-mato-grande, o gavião cinza, o rato arborícola, entre outras. A flora possui espécies raras, endêmicas (exclusivas do local), ameaçadas e imunes ao corte, como o butiá, a corticeira, além de inúmeras plantas epífitas (vivem sobre outras plantas sem retirar nutrientes), rupestres e de campos secos e brejosos.
A região é considerada fundamental para aves migratórias, tanto oriundas do Hemisfério Norte - batuíras e tesourinhas -, quanto da Patagônia, Chile e Argentina - batuíra-de-duplo-colar, cisne-do-pescoço-preto, marrecão e flamingo. É no Taim que elas fazem o ninho [nidificam] e procriam antes de partir para outros lugares.
A área que será agregada ao Taim abriga mananciais de abastecimento d´água de toda a região de produção de arroz do extremo sul do país, da pecuária local e da pesca de águas interiores.
O decreto que amplia a Estação Ecológica do Taim, assinado em solenidade de comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente, no Palácio do Planalto, cria mais uma Unidade de Conservação (UC) - o Parque Nacional (Parna) dos Campos Ferruginosos, no Pará -, e aumenta também a área do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Goiás, e da Reserva Biológica (Rebio) União, no Rio de Janeiro.
O país ganha com o decreto 282 mil hectares de áreas supostamente protegidas pelo governo federal.
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