Devoção, fraternidade e caridade

Paróquia Santo Antônio, no Laranjal, celebra a data alusiva ao seu padroeiro e reúne doações para distribuir aos necessitados

Jô Folha -

Trabalho voltado à caridade, como Santo Antônio fazia.

A paróquia que leva o nome do santo em Pelotas e está situada no balneário com a mesma denominação é conhecida pelas ações de fraternidade desenvolvidas em benefício dos necessitados. Na época da enchente que atingiu o Laranjal e a Colônia Z-3, em 2016, o padre Enéias Carniel rezava a missa em meio à quantidade de donativos que recebia da comunidade e encaminhava às famílias que haviam perdido tudo. Atualmente ele não chega a esbarrar nos cobertores que a igreja já angariou para distribuir aos carentes, mas a pilha está crescendo.

Além disso, a paróquia Santo Antônio entrega cestas básicas todos os meses para 42 famílias do Valverde. Os gêneros alimentícios são arrecadados por fiéis às portas de supermercado e recebidos ainda do Banco Madre Tereza de Calcutá. As ações religiosas e assistenciais são desenvolvidas simultaneamente e nesta terça-feira (13), na data alusiva à morte do padroeiro, a paróquia celebra com missa festiva em honra ao santo, às 19h30.

Após haverá confraternização e o gesto concreto, a arrecadação dos cobertores, a serem entregues posteriormente em hospitais, no Pronto-Socorro, no Asilo de Mendigos, em creches, no Hospital Espírita e para moradores de rua (esses entregues pelo grupo São Lázaro). As demais doações são repassadas a famílias do Pontal da Barra, da Colônia Z-3 e do Balneário dos Prazeres, já que na região da igreja não existem necessitados.

Com o lema Santo Antônio, ajudai-nos a ser casa da vida!, o Tríduo iniciou sexta-feira. O casal coordenador é Mário e Sandra Coppola e os festeiros são Sílvio e Nara Peres. A paróquia que leva o nome do conhecido santo protetor das causas perdidas, dos casamentos e dos pobres, foi fundada em 1983. Construída em terreno doado por Zilda Assumpção e tendo como padre à época, José Schramm, conta Coppola.
Inicialmente era composta pelas comunidades Santo Antônio, Recanto de Portugal (hoje Nossa Senhora de Fátima), Valverde (hoje Nossa Senhora dos Navegantes), Balneário dos Prazeres (Nossa Senhora de Lourdes), Colônia Z-3 (Nossa Senhora dos Navegantes) e Galateia (não funciona mais como comunidade). O primeiro pároco foi Joaquim. Hoje é o padre Enéias o responsável por liderar as ações resultantes do misto de união e fé entre os fiéis.

Ele conta emocionado que à época da enchente teve uma experiência muito bonita. Além das doações, que não paravam de chegar, sempre havia uma pessoa para fazer pão e distribuir para os voluntários que trabalhavam, tal qual Santo Antônio fazia. Também não teve lugar para diferentes crenças e religiosos de outras igrejas e da Maçonaria se uniram para o bem comum. Foi uma força-tarefa para ajudar quem precisava.

A história
Santo Antônio tem tantos devotos que só no Brasil existem mais de 500 paróquias com seu nome, observa Nara. É invocado principalmente pelos pobres e sofredores. Nascido Fernando Antônio de Bulhões, em Lisboa, Portugal, em 15 de agosto do ano de 1195, pertencia a uma família nobre e rica. O pai era oficial do Exército. Antônio sempre gostou de estudar e de ficar mais recolhido.

Aos 19 anos entrou para o Mosteiro de São Vicente dos Cônegos Regulares de Santo Agostinho e após foi transferido para Coimbra, onde ficou por dez anos e foi ordenado sacerdote. Possuía o dom da oratória, tinha muito conhecimento e grande poder de pregação. Em Coimbra conheceu os freis franciscanos e ficou entusiasmado com o fervor e a radicalidade com que viviam o Evangelho. Tornou-se o frei Antônio e foi morar no mosteiro de São Francisco de Assis.

São Francisco o nomeou primeiro leitor de Teologia da Ordem e em seguida mandou-o estudar Teologia para ensinar seus alunos e pregar ainda melhor. Seu dom da palavra era tamanho, que reunia mais de 30 mil pessoas. Após a morte de São Francisco, ele foi enviado a Roma para apresentar ao papa a Regra da Ordem de São Francisco.

Milagres
Santo dos milagres, fez muitos ainda em vida. Durante suas pregações nas praças e igrejas, muitos cegos, surdos, coxos e muitos doentes ficavam curados. Redigiu os Sermões, tratados sobre a Quaresma e os evangelhos, que estão impressos em dois grandes volumes de sua obra. Santo Antônio morreu em Pádua, na Itália, em 13 de junho de 1231, com 36 anos. Por isso ele é conhecido também como Santo Antônio de Pádua. 

Aconteceram tantos milagres após sua morte que, 11 meses após, ele foi beatificado e canonizado. Sua canonização foi realizada pelo papa Gregório IX, na Catedral de Espoleto, em 30 de maio de 1232, sendo o processo mais rápido da história da Igreja. Em 1934 foi declarado Padroeiro de Portugal. Em 1946 foi proclamado Doutor da Igreja pelo papa Pio XII.

* Com informações do site www.cruzterrasanta.com.br



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