Confusão

Discussão sobre racismo vira confusão no Assis Brasil

Após palestra sobre o tema na manhã desta quinta, estudantes protestaram contra diretora e jogaram pedras em direção a janela da escola

Foto: Italo Santos - DP - Brigada Militar precisou ser chamada para intervir na situação

A manhã desta quinta-feira (16) foi de conflito e animosidade no Instituto Estadual de Educação Assis Brasil, em Pelotas. Durante uma palestra sobre racismo, o orador teria dito que pessoas brancas também podem ser vítimas de preconceito racial. Uma estudante de 17 anos, filha de uma mulher que diz ser vítima de racismo, criticou a manifestação do palestrante, o que deu início a uma intensa discussão envolvendo também outros alunos. Com o evento interrompido, os jovens foram para a área externa da escola protestar.

Durante a manifestação de ânimos acirrados, parte dos estudantes teria passado a jogar pedras na janela de uma sala em que a diretora da instituição estava. Diante do clima de revolta, foi preciso a intervenção da Brigada Militar para garantir a segurança no ambiente. A violência foi condenada pela maioria dos estudantes.

Bola de neve

A discussão sobre racismo no Instituto Assis Brasil teria começado ainda na semana passada, quando a mãe de uma aluna teria alegado ser vítima de racismo por parte da diretora da escola. A mãe afirma que estava na secretaria da escola para tentar matricular o irmão mais novo da adolescente, quando a diretora teria atendido uma mulher branca que furou a fila. Diante disso, a diretora teria sido cobrada pela mãe, que alega ter recebido como resposta que a servidora não gosta de pessoas negras e que não falaria com "uma negra suja".

Ao Diário Popular, a diretora negou o fato e disse ter testemunhas do que teria ocorrido no dia 9. Segundo a gestora, ela estaria atuando na secretaria para tentar atender a demanda elevada do começo de ano letivo, quando foi prestar auxílio à mãe branca.

O suposto caso de racismo veio à tona quando uma outra aluna publicou um relato nas redes sociais. Mas, de acordo com a diretora, essa aluna não estava na escola naquele dia. A servidora sustenta que as denúncias contra ela teriam caráter de perseguição política. A iniciativa de promover a palestra de ontem foi da própria diretora, segundo ela, por ver a movimentação de alunos organizando uma manifestação.

A estudante que defende a mãe e acusa a profissional de racismo diz esperar por justiça. Segundo ela, será registrado um boletim de ocorrência. A diretora diz que também fará um boletim de ocorrência após os acontecimentos de ontem.

Nesta quinta à tarde, alunos do Assis Brasil organizavam um manifestação contra o racismo em frente à escola para a manhã de sexta-feira (17).

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