Paralisação

Docentes da UFPel aprovam indicativo de greve

Mobilização é realizada após não haver acordo em mesas de negociação com o governo federal; categoria reivindica reajuste de 7,06%, iniciando neste ano e chegando a 21,18% em 2025

Foto: Carlos Queiroz - Atualmente há mais de 1,4 mil professores na UFPel

Em assembleia extraordinária encerrada na noite de quarta-feira (13) pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Pelotas (Adufpel) foi aprovado por ampla maioria o indicativo de greve. A categoria reivindica reposição salarial, reestruturação das carreiras e mais investimento nas instituições de ensino federal. A deliberação sobre a deflagração de greve depende também de decisão nacional, o que deverá ocorrer somente após o dia 22. Atualmente há mais de 1,4 mil professores na UFPel.

Isso porque o resultado da assembleia será levado à reunião do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), em Brasília. No encontro, todas as seções sindicais do País encaminharam suas deliberações de base acerca do estado de greve. Caso na plenária seja definido o período do início da paralisação, a Adufpel convocará nova reunião para a definição sobre as atividades da categoria para o semestre 2024/1 na primeira quinzena de abril, após o retorno do recesso.

Conforme o presidente da Adufpel, Carlos Rogério Mauch, estaria circulando nas redes sociais uma desinformação sobre o início da greve. “As pessoas estão achando que estamos em greve, mas não estamos”, ressalta. O professor afirma que o semestre 2023/2 será concluído normalmente sem nenhuma possibilidade de paralisação das atividades docentes antes do término do período.

Reivindicações

Dentre a pauta de demandas apresentadas pelos docentes está a reposição salarial com um índice de 7,06% iniciando neste ano e o mesmo percentual adicionado aos salários dos próximos dois anos, totalizando 21,18%. Em mesas de negociações com o governo federal realizadas na segunda quinzena de fevereiro, a proposta apresentada aos servidores foi um reajuste de 4,5% iniciando somente em 2025.

Além disso, outras reivindicações comuns aos três sindicatos de servidores federais: Adufpel, Asufpel e Sinasefe, são a valorização do ensino frente aos cortes orçamentários. “Temos neste ano um corte de R$ 310 milhões em relação ao orçamento do ano passado”, diz Mauch. Além disso, o presidente destaca que a revogação da reforma do Ensino Médio é necessária devido “a criação de duas classes de estudantes”, uma do ensino público que teria que cumprir roteiros “poucos recomendados”, em detrimentos de outros que terão acesso a disciplinas como filosofia e sociologia.

Greves

Além do indicativo da Adufpel, os servidores técnico-administrativos da UFPel decidiram na última segunda-feira, em assembleia da categoria, pela deflagração de uma greve a partir da próxima segunda-feira (18). Já o Sinasefe-IFSul, que representa os servidores do instituto federal, aguarda pela deliberação da plenária nacional que será realizada no próximo final de semana. A partir da posição, o sindicato local irá deliberar sobre o tema.

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