Cidadania

Domingo de futebol com a Taça das Favelas

Pela primeira vez Pelotas recebeu etapa da competição

Ítalo Santos - Dez equipes de bairros, com meninos entre 14 e 17 anos, entraram em campo

Enquanto os donos da casa tinham uma partida decisiva em Minas Gerais neste domingo, o Estádio Bento Freitas foi palco de um golaço: o da cidadania. Pela primeira vez, Pelotas recebeu uma etapa da Taça das Favelas, campeonato realizado pela Central Única das Favelas (Cufa) desde 2012. A competição de futebol é a maior do mundo entre favelas e é uma forma de incentivar atletas de comunidades de todo o País que sonham com uma carreira no futebol através de projetos sociais que abraçam jogadores e dão uma oportunidade de se desenvolver.

No dia ensolarado, com temperaturas próximas dos 30 graus, dez equipes de bairros de Pelotas, com meninos entre 14 e 17 anos, entraram em campo com o objetivo de avançar à final, que será decidida em Porto Alegre. Ao todo, são 541 equipes de 24 cidades gaúchas que estão participando dessa edição da Taça das Favelas. A programação de partidas também foi um atrativo para a comunidade. Enquanto do lado de fora do estádio acontecia mais uma edição do já tradicional Ruas de Lazer, a entrada no Bento Freitas foi gratuita, com o incentivo à doação de um quilo de alimento não-perecível.

Sandro Mesquita, coordenador da Cufa Pelotas/Extremo Sul, destaca que a Taça das Favelas é uma oportunidade importante de se dar visibilidade para jovens atletas e aproximar a comunidade do esporte. "Oportunidades dentro das comunidades das periferias são poucas e a gente acredita muito no esporte como uma ferramenta de transformação social", diz. "Além de ser uma vitrine pra essa molecada, que de repente sonha em ser jogador de futebol, tem toda essa questão da mobilização, da interação e da integração, não só entre os times, mas das comunidades. Essa rede tem que ser fortalecida", considera Mesquita.

Na mesma linha, Maicon Nunes, do projeto social Promovendo o Futuro, apontou que a Taça das Favelas é uma ferramenta de inclusão social que possibilita realizar um sonho. "A comunidade abraçou o projeto e se mobilizou, e hoje tá todo mundo aí dando visibilidade a todos", diz. Além da oportunidade de jogar em um campo de futebol profissional, o domingo foi uma chance de os jogadores serem vistos por grandes times: em meio à torcida, havia olheiros de equipes como o Grêmio.

Na rede
O autor do primeiro gol do primeiro jogo da Taça das Favelas foi Kauã Tavares, de 16 anos, da Associação Galera. Para ele, que tem o sonho de ser jogador profissional, o momento foi de emoção. "Tô muito feliz e agora é seguir em frente pra ganhar o próximo", resume.

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