Nota
Esclarecimento
Embrapa esclarece alguns pontos em relação à nota “Quem sabe” publicada na página 12 do Diário Popular, no Espeto Corrido
Em relação à nota “Quem sabe” publicada na quarta-feira (16) na página 12 do Diário Popular, de autoria de José Ricardo Castro, a chefia da Embrapa Clima Temperado tem a considerar o que segue:
1. A Embrapa Clima Temperado tem acordo de Cooperação Técnica e financeira com a Petrobras desde 2004, cujo objeto é o desenvolvimento de novos insumos para a agricultura a partir do aproveitamento de coprodutos derivados da extração de óleo de xisto realizado em São Mateus do Sul. Tal projeto já disponibilizou inúmeros avanços de conhecimentos e soluções tecnológicas já em uso na agricultura brasileira, a exemplo da água de xisto utilizada em fertilizantes foliares, diversas patentes no INPI e no exterior, subsídio à construção de duas instruções normativas (IN 5 e 6 do MAPA) que regulamentaram o uso de agrominerais e pós de rochas na agricultura, bem como foi fundamental para a qualificação da infraestrutura de apoio à realização de projetos de pesquisa e desenvolvimento da Unidade, a exemplo da Central Analítica, da Unidade piloto de processamento de fertilizantes, do laboratório de geotecnologias, dentre outros. Este projeto é considerado modelo no desenvolvimento de novas rotas de insumos para diminuição da dependência do País em relação a insumos importados e foi a base para a construção e consolidação de uma grande Rede de Pesquisa Nacional e Internacional neste tema. Os respectivos relatórios de pesquisa e uso dos recursos foram aprovados em todas as instâncias cabíveis, submetidos a auditoria interna e órgãos de controle tanto da Embrapa quanto da Petrobras.
Outro projeto desenvolvido em parceria com a Petrobras diz respeito ao desenvolvimento de tecnologias para a produção de cana-de-açúcar no Rio Grande do Sul, cujo Acordo de Cooperação Técnica foi descontinuado pela Petrobras ainda em 2016 em função das restrições orçamentárias da Empresa. Fruto deste projeto foram indicadas nove variedades de cana-de-açúcar para cultivo no Rio Grande do Sul, dentre outros avanços de conhecimentos e tecnologias disponibilizadas no âmbito da Cooperação e fora dela.
2. Os gestores de centros de pesquisa, diretores-executivos e o Presidente da Embrapa são escolhidos após passarem por seleção pública baseada em critérios técnicos e aberta a qualquer inscrito que atenda a exigências previamente definidas. O processo de seleção de gestores de unidades de pesquisa da Embrapa é feito, desde 2010, por meio de seleção pública, conforme Resolução Normativa (nº 7 de 23/04/2010). Ele é aberto, transparente e baseado em mérito. Premissas técnicas de recrutamento e seleção são norteadoras desse processo, que abrange, entre outros critérios, avaliação da experiência do candidato em gestão e pesquisa, apresentação pública das propostas a um Comitê com representantes de empregados da empresa, de outras instituições públicas de pesquisa como Universidades e, ainda, representantes de empresas privadas, notadamente associações e cooperativas e, finalmente, entrevista com a Diretoria-Executiva antes da seleção final.
3. Finalmente, cabe expressar nossa indignação com as indagações apresentadas na referida coluna, baseadas em especulações, as quais não se sabe a quem possam interessar e que em nada contribuem para o fortalecimento de instituições públicas comprometidas historicamente com o desenvolvimento da agricultura nacional e do Brasil. O reconhecimento pela sociedade e pela comunidade internacional da contribuição da Embrapa ao longo de sua trajetória transcende as nossas fronteiras e é motivo de “Orgulho Nacional”, o que no mínimo exige isenção política e extremo rigor jornalístico em qualquer manifestação relativa à Nossa Empresa.
Atenciosamente,
Clenio Pillon
Chefe-Geral da
Embrapa Clima Temperado
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