Por Victoria Fonseca
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(Estagiária sob supervisão de Vinicius Peraça)

Uma equipe de estudantes de Pelotas irá participar de competição estadual de robótica sobre o desenvolvimento de soluções inovadoras com energia sustentável. Os alunos da Escola do Sesi irão pela primeira vez disputar contra outras 45 equipes de 15 cidades gaúchas o Torneio de Robótica First Lego League Challenge (FLL) nesta quinta (24) e sexta-feira, no Parque da Oktoberfest de Santa Cruz do Sul.

Placas de energia solar como fonte de toda iluminação da Praça Coronel Pedro Osório. Esse é o projeto que cinco estudantes do 1º ano do Ensino Médio desenvolveram como proposta de alternativa de energia sustentável e de valor acessível para o Município. A ideia foi elaborada para atender a temática desta edição do Torneio, que busca incentivar a construção de soluções inovadoras para o futuro energético.

Conforme a equipe, devido a praça ter dimensões extensas, o gasto com energia elétrica é alto. Além de diminuir essa despesa, os alunos apontam que será a solução para a falta de iluminação pública no local. "Demanda muita energia. Até na questão do chafariz, que é utilizado um motor para as águas dançantes e iluminação do Doce Natal", destaca a aluna Bruna Soares. "E para segurança, porque em caso da falta de energia elétrica à noite, a praça vai ter luz igual", complementa Gabriel Castro. Eles contam ainda que uma das partes mais interessantes da elaboração do projeto foi a utilização de um aparelho para realizar para medir os melhores pontos de incidência da luz solar na praça em que seriam instaladas as placas.

Outra etapa da competição é a construção de protótipos de lego para a realização de 12 missões relacionadas à energia sustentável. Os robôs baseados na tecnologia Lego Mindstorms, serão avaliados em diversas categorias, como: Projeto de Pesquisa, Design, Desafio do Robô e o Core Values (trabalho em equipe).

Proximidade com a inovação
Além de programação com legos, da construção de uma solução de energia sustentável, o desafio também é um recurso educacional pedagógico, aponta um dos coordenadores da equipe de estudantes, o professor Luiz Wassmansdorf. "Aproxima eles da inovação e para eles entenderem que o mercado está em busca dessas alternativas", afirma.

O docente também explica que o importante do projeto é a questão de ressaltar a demanda social que é a necessidade da utilização de energia em formatos renováveis. "Para eles entenderem que há necessidade de colocar em prática essas fontes de energia limpa de forma mais ampla, e que o mercado está em busca dessas alternativas", aponta.

Nesta terça, prestes a embarcar com destino à Santa Cruz do Sul, os alunos demonstraram ansiedade e um pouco de nervosismo, já que é a primeira vez que participam de uma competição de robótica. "Demorou para cair a ficha de que iríamos participar. É uma experiência muito legal", conta Bruna.

Todas as etapas do projeto foram elaboradas e executadas no período de um mês e, segundo a equipe, a dedicação e o trabalho em equipe em cada etapa foi o que possibilitou a conclusão da iniciativa em um espaço curto de tempo. "Por isso o legal é que lá [torneio] eles valorizam o trabalho e a interatividade em equipe", conclui a estudante.

Sobre premiações, o professor destaca que o interessante da competição é que ela não foi planejada para os alunos almejarem alguma recompensa, e sim a troca de experiências e conhecimentos.