Aniversário
Faculdade de Direito da UFPel completa 111 anos
Uma das mais antigas do Brasil, faculdade tem mais de 600 alunos matriculados atualmente
Foto: Carlos Queiroz - DP - Faculdade possui atualmente mais de 600 alunos matriculados
Uma das mais antigas faculdades de Direito do Brasil está em Pelotas e completa 111 anos de história nesta terça-feira (12). A Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), uma das dez faculdades do Estado que conta com o selo de aprovação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), possui mais de 600 alunos matriculados e forma cerca de 70 estudantes por ano, chega ao aniversário deste ano com avanços conquistados e novas ideias para o futuro.
O diretor da faculdade, Pedro Moacyr, celebra a data destacando a instalação do Programa de Pós Graduação em Direito (PPGD), em 2017, como uma das grandes conquistas da instituição nos últimos anos. “O Direito não tinha uma relação muito estreita com as pós-graduações, tínhamos muita relação com o ensino, mas não tanto com a pesquisa e extensão. Foi um divisor de águas, junto ao novo Serviço de Assistência Jurídica (SAJ)”, avalia.
Para Moacyr, o investimento na pesquisa e extensão, junto às lutas do Centro Acadêmico Ferreira Viana, possibilitaram uma abertura necessária da mentalidade da faculdade que, ainda é, muito tradicional e traz, em si, uma postura de adaptação. “Em grande parte, a faculdade de Direito deve a sua perpetuação à circunstância de não ter sido uma faculdade de enfrentamento à ditadura”, exemplifica. “A melhor coisa que temos feito é a autopercepção. A compreensão de nós mesmos e porque temos andado assim ao longo dos anos e o que pode ser feito. Por exemplo, há muito tempo, causas antirracistas, feministas, ambientais e LGBTQIA+ não entravam no Direito”, pontua.
Renovação para o futuro
Para o diretor, a faculdade de Direito já tem objetivos bem determinados para o futuro. “Estamos negociando com a reitoria para instalar um prédio futuro que abrigará, tanto nosso programa de pós graduação, como o nosso SAJ”, garante Moacyr. O novo prédio, que seria em espaço anexo ao Instituto de Ciências Humanas (ICH), possibilitaria a ampliação das linhas de pesquisa e extensão da faculdade, tema que também já foi, e ainda será, levado pelo diretor à discussões com o Governo Federal em Brasília.
Outro desejo é a revisitação do programa pedagógico do curso. “A direção quer fazer com que haja uma condição funcional muito maior da pesquisa e da extensão e um projeto pedagógico que determine que curso queremos. Um curso mais técnico, que eu, particularmente, não quero, ou um curso mais humanizado, com um diálogo maior com as outras ciências humanas”, comenta.
Para quem estuda
Quem estuda nos corredores do prédio centenário do Direito, como a mestranda do Programa de Pós Graduação em Direito (PPGD), Caroline Srynczyk, também demonstra o carinho pela faculdade. Formada na graduação este ano, Caroline desenvolve pesquisas na área de direito e vulnerabilidade social e comenta os pontos fortes da formação. “Gostei muito de fazer a faculdade aqui, aprendi muita coisa. Os professores são bem renomados e agora também está tendo uma renovada, com professores novos chegando. A base da faculdade é muito boa, e a gente vê isso refletido onde os alunos daqui estão”, observa.
O investimento em novos programas também é um dos destaques da mestranda. “Isso é uma das coisas bem importantes que vem crescendo aqui na faculdade, que é a questão da extensão. Têm sido criados mais projetos de extensão e pesquisa, como o Balcão do Consumidor, que atende o público. Essa ideia de que a faculdade tem que ‘sair do prédio’ e cumprir esse papel de dar uma resposta ao público”, avalia.
Carregando matéria
Conteúdo exclusivo!
Somente assinantes podem visualizar este conteúdo
clique aqui para verificar os planos disponíveis
Já sou assinante
Deixe seu comentário