Ad infinitum

General Osório entra em nova fase de obras

Requalificação inclui a instalação de mobiliário urbano, como bancos, bicicletários e lixeiras ao longo da via

Jô Folha -

Depois de quatro meses de atraso e de inúmeros transtornos a comerciantes e moradores, a requalificação da rua General Osório, na área central de Pelotas, segue sem data certa para terminar. Um novo aditivo deve ser encaminhado à prefeitura para que a empresa ganhe ainda mais prazo, já que a obra não será concluída até 20 de abril, como o (re)programado. Em breve, entretanto, os pelotenses passarão a acompanhar a última fase: a instalação do mobiliário urbano, que inclui melhorias, como bancos de madeira, bicicletários, lixeiras e abrigos de ônibus. Investimentos distribuídos ao longo dos 3,2 quilômetros de extensão - da rua Gomes Carneiro até a avenida Dom Joaquim.

A recolocação das rampas de acesso às garagens dos imóveis e a recuperação das calçadas em pontos eventualmente danificados pelas obras também serão realizadas nesta reta final. Até lá, a comunidade ainda terá de conviver com arremates para acessibilidade nas esquinas e com a construção do corredor de concreto no cruzamento com a rua Doutor Amarante.

É uma demora que se justifica - argumenta o secretário de Planejamento e Gestão, Paulo Morales. “Quando fazemos reformas lidamos com fatores não considerados. São as surpresas que surgem, principalmente, quando lidamos com estruturas antigas, como é o caso das redes de água e esgoto da Osório”, explica, na posição de engenheiro civil. Para dar consistência à afirmação, menciona a necessidade da fabricação de peças nas intervenções de drenagem; detalhes que não estavam previstos no projeto.

E a cada alteração - ressalta Morales - tanto a equipe da prefeitura quanto a da Caixa Econômica Federal (CEF) precisam analisar a fundamentação técnica apresentada pela empresa responsável pela obra, para só então dar o aval às mudanças que, não raro, têm impacto em prazos e custos. Exatamente o que já ocorreu na General Osório.

Saiba mais
O edital de licitação foi publicado em outubro de 2015
Em fevereiro de 2016, a vencedora da concorrência pública - SBS Construções - deu início ao trabalho
O projeto previa investimentos em pavimentação e requalificação, drenagem, sinalização viária, mobiliário urbano, paisagismo, urbanização e iluminação pública, ao longo de 3,2 quilômetros
O prazo previsto para a execução da obra era de nove meses
O valor inicial era de R$ 9.340.042,27 e, até o momento, já chega a R$ 10.019.843,00
O financiamento é do PAC Mobilidade, do governo federal

Fique atento a outros pontos

Corredor de ônibus
O fluxo no corredor de concreto será organizado conforme o trecho:

Da Gomes Carneiro até a Doutor Amarante: apenas os ônibus credenciados (do transporte coletivo) devem circular pelo corredor. A exclusividade deve ser destacada em sinalização aérea.

Da Doutor Amarante à avenida Dom Joaquim: o uso do corredor poderá ser compartilhado pelos demais veículos, já que a via se torna mais estreita.

Quando os ônibus poderão sair do corredor? em apenas quatro pontos, os ônibus poderão fazer saídas à esquerda devido aos trajetos que precisam seguir, rumo à Marechal Floriano, à avenida Bento Gonçalves, à Antônio dos Anjos e à rua Barão de Azevedo Machado.

Estacionamento
O estacionamento à esquerda será proibido somente na quadra entre avenida Bento Gonçalves e Doutor Amarante. Em todo o restante do trecho, as regras serão as mesmas que vigoram hoje; em determinados locais o estacionamento é paralelo e, em outros, oblíquo.

Conversões à direita
Os condutores de veículos só poderão realizá-las em pontos onde há semáforo, para evitar colisões e conflitos com os ônibus.

Novos semáforos
Duas esquinas ganharão sinaleiras: a da 7 de Setembro e a da General Argolo.

Mudança de comportamento do pedestre
Atravessar a rua fora das passagens seguras - faixas e semáforos - será ainda mais arriscado, já que o corredor deverá dar maior fluidez à circulação dos ônibus, que poderão rodar a 40 quilômetros por hora. “Os pedestres precisarão adotar um outro comportamento”, defende o secretário de Transportes e Trânsito, Flávio Al-Alam. E acrescenta: “Não podemos esquecer que o princípio básico da obra da Osório era proporcionar melhoria ao transporte coletivo, que poderá ter movimento contínuo e ganhará agilidade, assim como aos seus usuários, que terão mais conforto com menos solavancos”.

Recuperação de rampas e calçadas
Os moradores que ficaram sem as rampas de acesso às suas garagens podem ficar tranquilos. Entre os compromissos da prefeitura nesta reta final da qualificação da Osório está a instalação das novas estruturas, não necessariamente do mesmo material de antes da remoção. “Faremos uma análise caso a caso e definiremos quais serão de cimento e quais serão de ferro”, enfatiza o secretário de Planejamento e Gestão, Paulo Morales. As calçadas que, eventualmente, tenham sido danificadas ao longo da obra também serão recuperadas.

Conheça as melhorias em mobiliário e paisagismo
- 129 bancos de madeira com estrutura em aço galvanizado
- 8 bicicletários (cada conjunto para cinco bicicletas)
- 69 abrigos de ônibus
- 109 pares de lixeiras (uma para resíduos orgânicos e outra para lixo seco)
- 238 mudas de árvores e pouco mais de mil metros quadrados de grama (para instalação junto ao meio-fio, na região da Zona Norte)
- 145 luminárias do tipo LED em substituição a lâmpadas de vapor de sódio (etapa já realizada)

 

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