Incentivo a amamentação

Hora do Mamaço é realizada em Pelotas em incentivo à amamentação livre

O ato que ocorre em vários países é um gesto simbólico para reforçar a importância do aleitamento materno

Carlos Queiroz -

O último dia da Semana do Bebê em Pelotas foi marcado pela Hora do Mamaço. A atividade realizada na tarde desta sexta-feira (26) no Mercado Central reuniu mães e seus filhos para um ato simbólico de amamentação, com o objetivo de incentivar o aleitamento materno livre e promover os benefícios à saúde das crianças.

A ação, incluída também no Agosto Dourado, destaca a importância da alimentação com leite materno para a qualidade de vida dos bebês. Conforme a nutricionista e coordenadora na Secretaria de Saúde, dos programas Primeira Infância Melhor e Criança Feliz, Jaqueline Dutra, a amamentação é um ato de saúde essencial para melhorar as condições maternas e reduzir a mortalidade infantil. "Uma ação de saúde extremamente relevante e estamos no Agosto Dourado, que tem esse nome justamente porque o aleitamento materno é o padrão ouro em alimentação para todos os bebês".

Apesar de ser um ato natural e que traz inúmeros benefícios para os bebês e as mães, a amamentação ainda é cercada de tabus, principalmente, em locais públicos. Em razão disso, surge a Hora do Mamaço, um movimento para apoiar as mulheres e conscientizar a população.

"A amamentação é sempre muito escondida dentro de casa e a ideia é enfatizar a amamentação livre, onde as mães quiserem. Geralmente elas se limitam a não alimentar os bebês na rua", explica Jaqueline. A nutricionista lembra ainda que o Mamaço, apesar de ser um evento que ocorre em inúmeros países, só ganhou mais popularidade no Brasil após um episódio nas redes sociais, em que uma mãe foi criticada por estar amamentando em local público. "As mães não estão mostrando a mama, elas estão amamentando, o que é uma coisa totalmente diferente", ressalta.

Mães amamentando livremente
A jovem Carina Furtado, 29, uniu-se à iniciativa. Mãe da Ana Sophia, de um ano e três meses, ela conta que no início sentia muita repressão quando amamentava fora de casa. "Todo mundo ficava olhando, às vezes até me condenando, mas agora eu acho que isso está um pouco melhor". A dona de casa diz que o Mamaço vem para conscientizar a todos que amamentar é um ato natural e que a filha não pode esperar para ser alimentada. "Ela não vai entender que não pode mamar na hora que está com fome. É essencial a gente poder alimentar na hora que a criança pede e não precisar carregar mamadeira, já está tudo pronto aqui".

Outra mãe que fazia parte do ato é a vendedora, Verônica Medeiros, 27. Ela ressalta que amamentar não tem hora nem lugar e que as mães, assim como ela, não podem ter vergonha de alimentar seus bebês em nenhum momento. Com a pequena Maria Júlia, de cinco meses, a vendedora conta que já sentiu o tabu até na própria família. "Já houve casos de quando eu estava na rua com a minha mãe, que é uma pessoa mais de idade, e ela pedir pra eu colocar uma fraldinha em cima, na hora que ia amamentar, mas eu não vou cobrir o rosto da minha filha".

No entanto, ela afirma não ter mais nenhum receio da reação das pessoas. Em qualquer momento que Maria Júlia estiver com fome, ela amamenta. "Por isso eu estou participando da atividade, para incentivar cada vez mais a todas a perder a vergonha desse ato, que é o mais lindo que tem. Tu está alimentando o teu filho", enfatiza.

A importância da amamentação
De acordo com nutricionista Jaqueline, a amamentação exclusiva com leite materno deve ser feita até os seis meses do bebê. Após o período, o aleitamento será complementar até os dois anos de idade ou mais. A partir do segundo ano de vida, é uma decisão da mãe continuar ou não a alimentação com leite materno. "É uma recomendação de vários órgãos como Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde", aponta.

 

 

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