UTI

Hospital Espírita busca saída da crise

Déficit mensal de R$ 150 mil e outros números preocupantes são expostos à prefeita Paula Mascarenhas

Divulgação -

Com dívidas que superam os R$ 3 milhões, representantes do Hospital Espírita de Pelotas (HEP) levaram à prefeita Paula Mascarenhas (PSDB) a situação da instituição e discutiram saídas para enfrentar a crise financeira. Referência em atendimento psiquiátrico na região, o HEP realiza os serviços de internação, pronto atendimento 24 horas, oficina terapêutica e atendimento ambulatorial, sendo responsável por 87% dos leitos da especialidade no município.

Durante a conversa, o diretor do hospital, Tiago Martinatto, apresentou a situação crítica do HEP à prefeita, aos vereadores e aos secretários, e pediu por mais auxílio do Poder Público, a fim de contornar o problema. Além de dívidas com bancos e encargos tributários, o déficit mensal da instituição chega a R$ 150 mil e o HEP corre o risco de ter que reduzir os serviços ou até fechar as portas. “Atualmente somos um custeador de serviços, e não prestador”, afirmou Martinatto, que ainda informou que o hospital está tendo crédito negado nos bancos, impossibilitando um novo empréstimo.

A unidade hospitalar possui 160 leitos SUS, que recebem recursos municipais, estaduais e federais, e 39 leitos para convênios e particulares. A diária de um paciente custa R$ 159,76, dos quais R$ 55,20 são cobertos por verbas do SUS e R$ 18,53 por incentivos estaduais, tendo a instituição que arcar sozinha com 54% do total. Conforme informações do hospital, o valor contratualizado com a prefeitura, R$ 265 mil por mês, cobre apenas 56 leitos. Cortes de gastos estão sendo feitos, como a diminuição em 10% do número de funcionários. Mesmo assim, a folha de pagamento da equipe, que conta com 220 pessoas, consome 85% da receita. Um terço desse valor é apenas para o pagamento dos 33 médicos.

Alternativas em debate
A prefeita manifestou seu total apoio ao HEP e se colocou à disposição na busca por recursos, mas esclareceu que os pagamentos referentes a Pelotas estão em dia e que retirar verbas de outras pastas, neste momento, seria uma irresponsabilidade. Ela acredita que o hospital precisará mudar sua estrutura, para que assim novos repasses possam ser feitos, dentro de recursos específicos. Algumas sugestões levantadas foram a transformação de parte dos leitos em atendimento clínico, a diminuição da idade mínima para internação, a instalação de uma comunidade terapêutica e até a venda de alguns leitos para o governo do Estado, todas alternativas que possibilitariam a entrada de novo capital. “Quero ver a preservação do hospital”, enfatizou Paula, que pretende marcar reuniões com o secretário estadual de Saúde e no Ministério da Saúde, para pressionar os outros poderes, já que o HEP não atende apenas pelotenses. Só em 2016 foram recebidos pacientes de outros 88 municípios. “Sou solidária a essa luta”, finalizou Paula.

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