Pandemia

Infectologistas defendem volta das máscaras e mais vacinação

Objetivo é evitar que tendência atual de aumento de casos de Covid-19 continue

(Foto: Divulgação) - A SBI também pede a rápida aprovação e acesso às vacinas Covid-19 bivalentes de segunda geração, atualizadas com as novas variantes, que estão atualmente em análise pela Anvisa.

Por Agência Brasil

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) defendeu o incremento da vacinação, a volta do uso de máscaras e outras medidas para evitar que o cenário atual de alta nos casos de Covid-19 traga um possível aumento de internações, superlotação nos hospitais e mais mortes no futuro.

O Brasil registrou boletim sobre a Covid-19 e nas últimas 24 horas foram registrados 3.379 novos casos da doença e quatro óbitos: Alagoas (duas mortes), Pará e Rio Grande do Sul, uma cada. Pelo boletim, 110.107 casos estão sendo acompanhados e 34.113.176 pessoas se recuperaram da doença.


Alerta

A entidade divulgou nota técnica de alerta,
elaborada por seu Comitê Científico de Covid-19 e Infecções Respiratórias e assinada pelo presidente da SBI, Alberto Chebabo.

"Pelo menos em quatro estados da federação,
já se verifica com preocupação uma tendência de curva em aceleração importante de casos novos de infecção pelo SARS-COV-2 quando comparado com o mês anterior", diz o texto, baseado nos dados divulgados quinta-feira no Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz.

A SBI alerta que o cenário é decorrente da
subvariante Ômicron BQ.1 e outras variantes e pede que o Ministério da Saúde, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) tenham atenção especial às medidas sugeridas. 

O primeiro ponto levantado pela sociedade
científica é que é preciso incrementar as taxas de vacinação contra a Covid-19, principalmente nas diferentes doses de reforço. A SBI avalia
que as coberturas se encontram, todas, em níveis ainda insatisfatórios nos públicos-alvo.

Os infectologistas recomendam também
garantir a aquisição de doses suficientes de vacina para imunizar todas as crianças de seis meses a cinco anos de idade, independente da presença de comorbidades. Até o momento, a vacinação da faixa de seis meses a três anos
ainda está restrita a crianças com comorbidades, e o Ministério da Saúde
iniciou a distribuição de 1 milhão de doses de vacinas destinadas a elas.

A SBI também pede a rápida aprovação e
acesso às vacinas Covid-19 bivalentes de segunda geração, atualizadas com as novas variantes, que estão atualmente em análise pela Anvisa.
Procurada pela Agência Brasil, a agência respondeu que os processos estão em fase final de análise, e é esperado que a
deliberação ocorra em breve, embora não haja uma data fixada para isso.

"A Agência Nacional de Vigilância Sanitária
continua trabalhando na análise dos pedidos de uso emergencial das novas versões de vacina contra a Covid-19 do laboratório Pfizer contendo as subvariantes BA.1 e BA.4 /BA.5. Os processos passaram pelas etapas de
análise dos dados submetidos à agência, questionamentos da agência e
esclarecimentos dos fabricantes, bem como discussão com sociedades médicas brasileiras. A equipe técnica da agência já recebeu os pareceres de especialistas das sociedades médicas sobre ambas as vacinas
bivalentes da Pfizer", detalhou a Anvisa.

O quarto ponto levantado pelos infectologistas é a necessidade de disponibilizar nas redes pública e privada as medicações já aprovadas pela Anvisa para o tratamento e prevenção da Covid-19, como o paxlovid e o molnupiravir, medida que ainda não se concretizou após mais de seis meses da licença para esses fármacos no Brasil, ressalta a SBI. A Agência Brasil perguntou ao Ministério da Saúde se essas medicações já estão disponíveis, mas
não recebeu resposta até o fechamento desta reportagem.

O quinto ponto diz respeito às medidas de
prevenção chamadas não farmacológicas. A SBI defende a volta do uso de máscaras e do distanciamento social para evitar situações de
aglomeração, principalmente pela população mais vulnerável, como idosos e imunossuprimidos.

A SBI pede que as medidas sugeridas sejam
tomadas com brevidade, para otimizar as tecnologias de prevenção e tratamento já disponíveis e reduzir a chance de um possível impacto futuro de óbitos e superlotação dos serviços de saúde públicos e privados por casos graves de Covid-19.


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