Adquirido pelo Executivo com verbas do Ministério da Saúde, o tele-eletrocardiograma (tele-ECT) está implementado em quatro Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Pelotas. Trata-se de uma ferramenta informatizada conectada a uma central de especialistas do Instituto de Cardiologia de Porto Alegre. Ela permite verificar na capital, em tempo real, o andamento de um exame realizado aqui.

Conforme relatório do Instituto, de janeiro a agosto deste ano foram examinados 1.553 pacientes por meio da ferramenta.

As aplicações nas quatro UBSs custam em média R$ 6 mil mensais ao município. Os valores, no entanto, podem variar conforme a demanda - a cifra mais alta foi superior a R$ 7 mil, em junho. “Tentamos firmar (vínculo) com profissionais aqui de Pelotas, mas não houve interesse”, diz a secretária de Saúde de Pelotas, Arita Bergmann. Outros seis equipamentos ainda não foram instalados, devido aos profissionais das unidades estarem em fase de treinamento para usar o mecanismo digital. Atualmente, as UBSs Bom Jesus, Salgado Filho, União de Bairros e Simões Lopes oferecem o tele-eletrocardiograma. A implementação na rede aconteceu de maneira gradual, pelo mesmo motivo.

Demanda
Enfermeiro no posto Bom Jesus, Marcos Aurélio Vieira mostra uma agenda lotada. De acordo com ele, quando houve a instalação do tele-ECT no local, em maio, havia pacientes na fila por eletrocardiograma desde novembro de 2015. “Muita gente esperando. Hoje estamos conseguindo aproximar mais a data de marcação com de realização do exame”, assegura. Ainda assim, a aposentada Neli Silva, 66, pôde ser examinada na última quinta-feira, enquanto o agendamento estava marcado para 12 de julho. “Mas pra quem esperou dois anos por uma endoscopia não está ruim”, comentou. Para passar pelo exame, o paciente deve agendá-lo com profissionais da UBS da sua região ou na Central de Regulação da Secretaria de Saúde.