A partir de segunda-feira (29), a Santa Casa de Misericórdia colocará em funcionamento efetivo a metade dos 30 leitos anunciados para contribuir com a redução da superlotação do Pronto-Socorro de Pelotas (PSP). Só na primeira quinzena de setembro os outros 15 estarão à disposição do Sistema Único de Saúde (SUS). Na última sexta-feira, o hospital chegou a anunciar que 30 vagas tinham sido abertas, mas apenas dez estavam, realmente, liberadas para receber pacientes.

"Os 30 estarão abertos, mas apenas dez estão em funcionamento", esclarece a secretária de Saúde, Roberta Paganini. E recorda que as negociações com os hospitais para aumentar a estrutura de retaguarda ao PSP começaram ainda antes do início do inverno. Só depois de toda a tramitação de documentos, em 18 de agosto, o contrato com a instituição foi assinado.

O diretor administrativo da Santa Casa, Régis Silva, também fala sobre as tratativas dos leitos. "Ficamos aguardando o contrato vir da prefeitura e enquanto isso ficamos adequando a área para montagem da unidade, mas deixamos para fazer a contratação das pessoas só depois do contrato assinado", afirma. A abertura dos novos leitos, portanto, ocorreu por etapas. Os primeiros oitos foram abertos na última quarta-feira e mais dois na quinta. "Nesta segunda abrem mais cinco", confirma. Com as contratações praticamente efetivadas, os 30 leitos devem começar a operar plenamente na primeira quinzena de setembro.

E vai suprir a demanda?

A expectativa é de que os 30 leitos da Santa Casa, somados aos 12 já em funcionamento no Hospital Universitário São Francisco de Paula da Universidade Católica de Pelotas (HUSFP-UCPel), solucionem a superlotação do Pronto-Socorro. "Entretanto na área da saúde é difícil fazer essa afirmação, pois são muitas variáveis que podem impactar", pondera a secretária de Saúde. Roberta Paganini explica que a prefeitura monitora todos os dados de pacientes que aguardam por leitos e o tempo médio que precisam esperar.

"O último relatório foi emitido no dia 16 e apontava que no mês de agosto a média de pacientes aguardando leito era de 56,88 e o tempo médio de permanência de 2,8 dias", afirma. Em 2021, a média de pessoas aguardando era de 54,16 e o tempo médio de espera era de 2,93. Ou seja, atualmente mesmo com um número maior de pacientes, o tempo de espera é menor.