Agenda
Lideranças se reúnem hoje em Brasília por termelétrica de Rio Grande
Encontro no Ministério de Minas e Energia deve propor estratégias para sensibilizar a Aneel
Foto: Marcelo Camargo - Agência Brasil -
Menos de um mês após uma reunião na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) que trouxe ares de otimismo para reviver o projeto da Usina Termelétrica (UTE) de Rio Grande, lideranças gaúchas retornam a Brasília. Na agenda, agora, o destino é o Ministério de Minas e Energia, onde o governador Eduardo Leite (PSDB), o prefeito Fábio Branco (MDB) e outros representantes da região serão recepcionadas pelo ministro Alexandre Silveira, hoje. O encontro deve acontecer por volta das 17h.
Branco diz que a estratégia é conversar com a nova equipe técnica do Ministério para explicar a proposta de mudança no modelo de contrato, que passaria a ser para reserva de energia. A ideia, também, é pedir apoio político. Ele diz que, para o País, a iniciativa ajudaria em termos de soberania, para o Estado, na geração de gás a curto prazo e, para o Município, seria grande atrativo para investimentos. “É para que ele possa conhecer, compreender, saber da importância e também nos dar talvez um indicativo ou os próximos passos para ajudar a viabilizar os próximos passos”, destaca, dizendo que, caso a Aneel autorize, as obras iniciarão logo.
O projeto
Com investimento previsto de R$ 6 bilhões da iniciativa privada, o que viria a ser o maior da história gaúcha, a usina possibilitaria maior geração de energia elétrica com base térmica no Estado. A termelétrica teria 1.238 megawatts de capacidade instalada. A expectativa é que 25 mil empregos indiretos sejam criados na fase de construção, três mil diretos e geração de arrecadação fiscal de R$ 400 milhões, além da ampla possibilidade de novos empreendimentos girando em torno dele. O projeto prevê que a usina utilizará gás natural liquefeito, a ser importado em navios e descarregado em um píer de 450 metros de extensão no porto do Rio Grande.
Em abril a comitiva foi recepcionada por Sandoval Feitosa, diretor da Aneel, e Hélvio Neves Guerra, relator do processo. A nova proposta, de mudança de um leilão normal para um leilão de reserva blindaria todas as discussões criadas anteriormente, segundo os envolvidos, que enxergam a mudança com prerrogativas e dentro da legalidade e, dessa forma, haveria tranquilidade para a Aneel salvar uma termelétrica estratégica. Por meio de sua assessoria, o governo gaúcho confirmou que a expectativa é que a reunião ajude a reverter a questão.
Participarão do encontro, além de Leite e Branco, o secretário-chefe da Casa Civil, Artur Lemos, o Procurador-Geral do Estado, Eduardo Cunha da Costa, o chefe de Gabinete do governador, Ten. Cel. Euclides Maria da Silva Neto, o diretor da Superintendência dos Portos do RS, Fernando Estima, o CEO do Grupo Cobra, Jaime Llopis, o presidente da Câmara de Vereadores de Rio Grande, Júlio César da Silva (MDB) e os deputados federais Alexandre Lindenmayer (PT) e Daniel Trzeciak (PSDB).
Relembre
Em 2014 a empresa Bolognesi S/A venceu o leilão da Aneel. No entanto, a autarquia extinguiu a outorga por não ter recebido o plano de execução de obras no prazo. Em 2021, a termelétrica de Rio Grande obteve uma liminar para estabelecer novo cronograma. Em fevereiro de 2022, o Grupo Cobra, que possui acordo de transferência do projeto, recebeu as duas licenças necessárias para instalar o empreendimento. No entanto, em 26 de abril a Aneel negou o pedido para a continuidade do processo de licenciamento, deixando o projeto suspenso e impedido de continuar. Desde então, o grupo recorreu, apresentou potenciais soluções, e lideranças gaúchas vêm visitando a Aneel para demonstrar a importância do projeto para a economia da região.
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