Pelo diálogo
Loja do Bem pela doação de órgãos
Iniciativa estará no Shopping Pelotas até o dia 30 buscando fomentar o diálogo entre famílias sobre importância do ato
Carlos Queiroz -
Diálogo entre as famílias. É essa a principal pauta do Grupo Pró-Doação de Órgãos, criado em apoio ao ex-professor do IFSul Edelbert Krüger, que necessita de transplante de pulmão. Rapidamente, a iniciativa vem crescendo dentro da comunidade pelotense e atualmente já são 65 instituições parceiras da organização, entre elas o Diário Popular. Agora, a iniciativa ganhou um novo espaço para aproximar-se da população: desde sexta-feira o movimento está instalado na Loja do Bem, no Shopping Pelotas e, até o final do mês, o local servirá como ponto para distribuição de folhetos informativos, tirar dúvidas e conversar com o público para fomentar o debate sobre essa ação, que tem como único objetivo salvar vidas.
"Queremos que o pessoal diga sim à doação de órgãos", afirma a coordenadora do projeto, Laura Tonial. Ela reafirma a importância do diálogo familiar, pois a legislação brasileira permite a doação apenas mediante a autorização de parentes. Portanto, mesmo havendo o desejo de fazer essa ação após o óbito, é importante deixar isso claro a quem fica.
Atualmente, são mais de três mil gaúchos e 50 mil brasileiros necessitando da doação, ressalta Laura. Diversos órgãos e tecidos, como coração, córneas, fígado, rins, ossos, pâncreas, pulmões, medula, pele e válvulas cardíacas podem salvar vidas. A campanha "Um salva oito" ressalta justamente isso, visto que uma pessoa pode ajudar até outras oito, mesmo após a morte.
A ação
Para marcar o lançamento da ação na Loja do Bem do Shopping Pelotas, um evento de inauguração com apresentação da Orquestra do Areal reuniu imprensa, entidades parceiras e apoiadores da causa no começo da noite de sexta-feira. Além do diálogo entre famílias, a ideia é que a iniciativa amplie o leque de apoio de entidades, empresas e figuras públicas. E, sobretudo, da população em geral.
Para participar dessa rede pela doação de órgãos basta procurar a Loja do Bem até o próximo dia 30. Laura ressalta que nenhum valor é requisitado, já que os parceiros apenas são incluídos em uma grande rede de divulgação, atualmente composta por entidades assistenciais, hospitais, veículos de imprensa, empresas privadas, instituições de ensino, entre outros. Até mesmo o material informativo a ser distribuído é subsidiado pela organização.
Para doar
A doação de órgãos, em geral, depende do estado de saúde da pessoa. Há limites de idade para isso, conforme cada órgão. Partes como rim, fígado e medula podem ser doados em vida, mas a grande maioria é viável apenas após a morte. A única forma de doar é através de autorização familiar após morte encefálica. Por isso, o diálogo é tão necessário. Mesmo em casos de pessoas com autorização por escrito, ou presente em documentos antigos, só a autorização de alguém próximo garante o repasse a quem aguarda por uma oportunidade de se recuperar e viver com saúde.
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