Folia

Me dá dinheiro aí

Primeira parcela dos repasses da prefeitura estava prevista para janeiro, mas governo diz que depósito foi feito nesta terça-feira no valor integral - de R$ 350 mil

Jô Folha -

Atualizada às 19h46

A quatro dias para o Carnaval 2017, entidades carnavalescas de Pelotas ainda aguardavam o repasse da verba pela prefeitura. No fim da tarde desta terça-feira (21) o secretário de Cultura, Giorgio Ronna, garantiu que o pagamento havia sido feito, via depósito on-line, à Associação das Entidades Carnavalescas (Assecap). Conforme Ronna, foi repassado o valor integral da subvenção, R$ 350 mil.

O atraso no recurso chegou a ser motivo de debate de uma possível transferência dos desfiles. O titular da Secult justificou o atraso a questões burocráticas que demandaram alterações, inclusive em termo firmado entre Assecap e município.

Conforme a Assecap, a primeira parcela, no valor de R$ 150 mil, deveria ter sido depositada ainda em janeiro e o restante dividido em outras duas partes iguais neste mês. A previsão da Assecap era já ter repassado os primeiros R$ 150 mil a 11 entidades (escolas de samba do grupo adulto, mirins e blocos infantis). Os outros R$ 200 mil serão destinados à estrutura física da festa.

Na noite da última segunda-feira, em uma assembleia reivindicada pelas escolas, a transferência da data do evento chegou a ser cogitada diante da falta do dinheiro. Por dez votos a sete foi mantida a data dos desfiles, previstos para sábado, domingo e segunda-feira.

De acordo com Ronna, o atraso se deu em decorrência da confecção de um termo de consórcio entre Assecap e prefeitura, por meio da lei federal 13.019. A troca de gestão demandou adequação à exigência de novas documentações. "O repasse geralmente era feito até três meses antes do evento, mas este ano teve essa situação", diz.

O presidente da Assecap, Roberto Nunes, conta que a Associação também sofreu ao organizar os trâmites necessários para o acordo da parceria público-privada. A entidade não imaginava que novas demandas entrariam em vigor a partir de 1º de janeiro.

Prejuízos
Para Nunes, o Carnaval como um todo perde com o atraso nos repasses, e até o desempenho das escolas deve sentir o impacto. "Só quem possui algum crédito consegue adquirir o material; quem não tem, precisa esperar o valor", comenta. Para o presidente da entidade, a cultura de pensar o Carnaval somente após o Ano-novo é o que prejudica a qualidade das festas. A edição deste ano, por exemplo, não terá competições entre escolas, pois o valor que seria pago aos jurados faria falta à construção da estrutura. Assim, ele reivindica a possibilidade de que verbas futuras sejam repassadas até o segundo semestre do ano, o que também facilitaria para a prefeitura, no que diz respeito ao parcelamento do valor.

Alguns materiais para a infraestrutura tiveram que ser adquiridos sem a certeza do depósito prometido para ontem - como a tela de proteção no valor de R$ 12 mil, que se estenderá por toda da passarela, e as alegorias da Corte 2017. Pelo menos quatro entidades já procuraram auxílio da Associação alegando estarem preocupadas com seus materiais. O presidente diz que as instituições foram apoiadas com o recurso possível - parte do valor arrecadado com a venda dos camarotes.

Pouca procura
Das 240 mesas disponíveis para venda, na banca 61 do Mercado Central, apenas 19 haviam sido comercializadas até a manhã desta terça. Já das mil cadeiras individuais, apenas 62 estão reservadas. Dos 490 ingressos populares, apenas quatro foram vendidos. Nunes não está preocupado com estes números e considera que um público maior procure adquirir as entradas na própria bilheteria do evento.

 

 

 

-121874

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

No lirismo, uma viagem Anterior

No lirismo, uma viagem

Próximo

Volta às aulas na zona rural

Deixe seu comentário